Com os temas “Valorização da Língua Brasileira de Sinais na secretaria” e “Dispositivos de Frequência Modulada e Suporte Educacional para Crianças Surdas Usuárias de Implante Coclear”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), realizou, nesta quarta-feira, 27/9, um ciclo de palestras em alusão ao Dia Nacional do Surdo, comemorado em 26 de setembro.
O evento ocorreu em tempo integral, no auditório da Faculdade Boas Novas, no bairro Japiim, zona Sul da cidade.
A programação foi destinada aos professores que atendem, em sala de aula e na sala de recursos multifuncionais, estudantes participantes do Programa de Reabilitação Auditiva e crianças usuárias do Programa de Implante Coclear (PIC). Pela manhã, foram abordadas temáticas relacionadas à Língua Brasileira de Sinais (Libras), e a tarde, os dispositivos de amplificação auditiva, sistemas de frequência modulada, minimização das barreiras auditivas nas escolas.
A gerente da Educação Especial da Semed, Amanda Macanoni, destacou a realização do encontro em comemoração do Dia Nacional do Surdo e o trabalho realizado pela secretaria para atender da melhor forma possível a educação especial, em especial o público da modalidade.
“É uma temática muito importante para os alunos e professores surdos. Por isso, a importância e o olhar diferenciado da nossa secretária Dulce Almeida e do nosso prefeito David Almeida. É lógico, que nós estamos ainda trabalhando, implementando várias políticas públicas para esse segmento, mas já temos intérpretes de Libras na rede, temos estagiários de Libras também, que estão auxiliando os nossos estudantes surdos e temos também o PIC, sendo pioneiro no Brasil. Não tem como a gente voltar atrás e pensar em uma educação especial onde não havia esse olhar”, disse.
Uma das palestrantes do ciclo, a professora surda Sandra Ely Morais, do Instituto Filippo Smaldone, no bairro Planalto, zona Oeste, abordou o tema “Narrativas surdas”. Segundo a educadora, é importante passar um pouco da sua história de vida como experiência ao público presente.
“Eu lembrei de minha história de vida e superação, que começou com minha mãe, bem como toda luta com a sociedade que oprime as pessoas surdas. Com a língua de sinais, eu consegui superar as dificuldades e me formei em pedagogia e agora em libras, porque é importante o público conhecer a cultura e a identidade surda”, contou a educadora, sendo traduzida seu depoimento pela intérprete de Libras, Joyce Medeiros, da Gerência de Educação Especial.
Há 13 anos trabalhando na sala de recursos, da professora Dayse Belota, da escola municipal Izabel Angarita, no conjunto Atílio Andreazza, bairro Japiim, zona Sul, é uma das educadoras que trabalha com alunos especiais e participou do evento. Para ela, sempre é um aprendizado, mas principalmente mostra a preocupação da secretaria sobre o assunto.
“É de grande importância um evento como esse, principalmente em nosso município, onde a gente tem alunos surdos. O nosso público é diferenciado, em vista de termos regionalismo nas nossas libras. É importante, não somente pela questão da inclusão, mas também para valorizar esse público que precisa muito”, finaliza.
Fonte: Semed
Fotos: Matheus Perdiz / Semed