Dando continuidade às atividades do “Setembro Amarelo”, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), promoveu nesta quinta-feira, 15/9, uma oficina de apoio psicossocial voltada a gestores, a servidores da assistência social e a Organizações da Sociedade Civil (OSCs).
Com o tema “O Nosso Foco é a Vida!”, o evento foi realizado no auditório Sônia Maria Barreto, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam-AM), localizada na avenida Mário Ypiranga, no bairro Flores, zona Centro-Sul, debatendo dados gerais e políticas públicas referentes à realidade do atendimento psicossocial na capital amazonense.
“Sabemos que o Amazonas possui uma média de suicídio ainda bastante alta, especialmente quando se analisa a faixa etária das vítimas, jovens entre 18 e 29 anos em sua maioria. Justamente por isso, buscamos trabalhar de maneira articulada com outras secretarias e organizações essa temática de valorização à vida, trazendo especialistas da área para conversar sobre o equilíbrio emocional e outros aspectos da saúde mental”, explicou a subsecretária de Políticas Afirmativas para Mulheres e Direitos Humanos da Semasc, Graça Prola.
De acordo com o psicólogo da OIM e responsável pela condução da oficina, Álvaro Palha, a eficiência de implementação e manutenção de políticas públicas de assistência social voltadas para a garantia de direitos são peças fundamentais para a construção de estratégias de prevenção e combate ao suicídio.
“Entendemos a política de assistência social como base para qualquer estratégia focada em saúde mental, sendo inútil trabalhar a perspectiva da saúde sem considerar os fatores sociais de antemão. Questões como alimentação, moradia, acesso a direitos e a educação são básicos para a construção de estratégias efetivas de combate ao suicídio”, concluiu Álvaro.
A educadora social Graça Pereira ressaltou a importância de um olhar atento e contínuo voltado à saúde mental dos usuários de serviços socioassistenciais, como, por exemplo, os idosos psicologicamente vulneráveis acompanhados pela Associação Divina Misericórdia, OSC da qual faz parte
“Principalmente após o período mais crítico da pandemia, o que vemos são muitas pessoas num estado de ansiedade e tensão emocional muito alto. Buscamos sempre conversar sobre temas voltados para a saúde mental porque sabemos o quão importante é para eles poder ser ouvidos, poder desabafar, pouco a pouco se abrindo mais com a gente, o que é muito gratificante e importante para nós”, finalizou a educadora.
A coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Cidade Nova, Kátia Marinho, também enfatizou esse olhar dentro dos equipamentos socioassistenciais municipais.
“Muitas famílias nos procuram em busca de auxílio, de cestas básicas e de qualquer tipo de apoio, muitas vezes contando suas histórias de vida a nossa equipe, relatando estados de depressão e ansiedade por fatores como o desemprego e a insegurança alimentar. Vejo essa oficina como algo de extrema importância para que possamos sair deste auditório munidos de muita informação e repassá-las a nossas equipes para garantir o melhor atendimento e acolhimento dessas pessoas”, concluiu a coordenadora.
Fonte: Semasc