Prefeitura de Manaus promove ações educativas de combate ao Aedes aegypti na zona Oeste

Unidades de saúde da Prefeitura de Manaus localizadas na zona Oeste da cidade promoveram, nesta quinta-feira, 15/7, ações educativas de combate ao Aedes aegypti para conter o avanço de casos das doenças transmitidas pelo mosquito. A estratégia é envolver a população, estimulando a aplicação do checklist “10 minutos contra a dengue”. Na capital, de janeiro a junho foram registrados 28 casos de zika vírus e 24 de febre chikungunya.

Durante o período da manhã, equipes de agentes comunitários de saúde das UBS do bairro da Paz, Ajuricaba e Santos Dumont, unidades do Distrito de Saúde Oeste da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), percorreram ruas dos bairros da Paz e Alvorada, visitando as casas para orientar os moradores sobre os cuidados para eliminar possíveis criadouros.

Segundo o chefe do Núcleo de Controle da Dengue, Alciles Comape, só este ano foram feitas 70 notificações, com a confirmação de 50 casos de dengue só no bairro da Paz.

“Essa área vem registrando um volume considerado alto de criadouros do mosquito e essa iniciativa é no sentido de eliminar esses depósitos. E isso precisa ser feito com a participação da comunidade porque muitos desses materiais estão nos quintais das casas. A prevenção é fundamental para evitarmos as doenças causadas pelo Aedes. Essa tem sido a orientação da secretária Shádia Fraxe, realizarmos ações educativas com foco na prevenção”, explicou.

Yago Cohen, proprietário de um posto de lavagem no bairro, disse que todos os dias, após encerrar as atividades, faz vistorias para evitar a formação de poças d’água, que seriam propícias para a fêmea do Aedes depositar os ovos.

“Temos essa preocupação porque lidamos com água e não podemos contribuir para a criação desses mosquitos. Se todos tomarem os cuidados, melhor será para a comunidade”, disse o empresário.

Além, é claro, de colaborar eliminando os criadores que possam haver nos quintais, estando atentos a qualquer objeto que possa acumular água, se tornando um criador potencial para o mosquito, que só precisa de sete a dez dias para se reproduzir.

O chefe do Setor de Controle de Endemias do Disa Oeste, Rubens Santos Souza, explica que a equipes está aproveitando o período chuvoso para essa ação de enfrentamento ao Aedes, nas áreas onde a gente observou que os números de casos aumentaram.

“Nosso foco é a mobilização social, a educação em saúde, para que possamos levar uma mensagem à comunidade, para que fiquem atentos aos sinais e sintomas da doença e que procurem logo uma UBS. Se eliminarmos os criadores, nós não teremos mosquito e não teremos doença”, ressaltou o Rubens.

A ação contou com a parceria da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que realizou um mutirão de limpeza para a retirada de entulhos das ruas, e da empresa coletora de lixo na cidade com ações de educação ambiental.