A Prefeitura de Manaus orienta os manauaras para que priorizem o isolamento social, evitando ao máximo sair de casa sem necessidade, para que não haja um agravamento maior da pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19. O alerta é para que as pessoas evitem aglomerações e sigam com rigor as medidas de prevenção orientadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS).
“É notório que a rede hospitalar, tanto privada quanto pública, está à beira de um novo colapso, portanto, evitar riscos é o melhor a se fazer neste momento tão delicado. As pessoas são as principais responsáveis por se protegerem, cada um deve fazer a sua parte. Sabemos que no Réveillon são comuns abraços, beijos e apertos de mão. Este ano terá que ser diferente. Todos deverão adotar um comportamento amigável, mas sem contato físico”, ressaltou o secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi.
Em novembro, foram realizados mais de 10,6 mil atendimentos de pessoas com sintomas da doença nas unidades administradas pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Em dezembro, até o dia 29, mais de 14,5 mil pessoas já haviam procurado a rede básica para orientações médicas, maior registro por síndrome gripal desde abril deste ano. O maior número de atendimentos diários em 2020 foi no dia 21 de dezembro, sendo 1.041 só a esses casos.
A situação de alerta se repete no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu 192 Manaus. Nos dias 26, 27, 28 e 29, o Samu atendeu 608 chamados, sendo 118 casos de Covid-19. No dia 26, foram 154 atendimentos gerais e 21 por infecção pelo novo coronavírus. No domingo (27), 143 ligações para o serviço foram por causas diversas e 28 por Covid-19; na segunda-feira (28), dos 159 chamados, 30 foram por sintomas de Covid-19 e, na terça-feira (29), de 152 ligações, 39 foram casos da doença.
Vale ressaltar que a cada atendimento, independentemente da natureza, as ambulâncias precisam passar por desinfecção antes de serem liberadas para outras ocorrências. “Pedimos a colaboração e compreensão da população, porque nossas ambulâncias precisam passar por esse processo de desinfecção a cada atendimento, como estabelece o protocolo do Ministério da Saúde. Esse processo, após o atendimento, demora, em média, 90 minutos e isso pode causar demora na chegada ao local da chamada”, apelou Magaldi.
O secretário da Semsa enfatizou a necessidade de a população seguir os protocolos de proteção individual com a higienização das mãos com água e sabão, álcool em gel a 70%, uso de máscara, evitando tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, lavar sempre as mãos e manter uma distância mínima de cerca de dois metros de qualquer pessoa tossindo ou espirrando.
“Volto a dizer que, se as pessoas não tomarem esses cuidados, muita gente ainda vai morrer porque o novo coronavírus já deu provas de sua letalidade. E o pior é que os estragos que ele causa variam de um organismo para outro, ninguém pode prever o que pode acontecer com quem for contaminado”, finalizou o titular da Semsa.
Texto – Sandra Monteiro / Semsa
Fotos – Alex Pazuello / Arquivo Semcom