Prefeito retoma atividades externas e inaugura ampliação do Centro de Controle de Zoonoses

Em sua primeira agenda externa após alta do tratamento contra a Covid-19, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, inaugurou nesta segunda-feira, 3/8, a nova estrutura do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) Dr. Carlos Durand, localizado no bairro Compensa, zona Oeste. Essa foi a primeira de uma série de entregas de obras públicas, que o prefeito irá fazer nos próximos dias.

 

“Serão três ou mais obras por dia, conforme o necessário. O fato é que Manaus foi refundada no financeiro, no previdenciário, no seu planejamento e na sua vida administrativa. Fizemos uma boa governança, digo isso com amor”, afirmou emocionado o prefeito, durante a inauguração.

 

Em sua primeira aparição pública, o prefeito inicialmente alertou sobre os cuidados que ainda devem ser mantidos em relação ao novo coronavírus. “Graças a Deus eu venci a batalha pela minha vida contra a Covid-19. Essa é uma doença perversa, que precisa ter cuidados, precisa ser levada a sério para ser tratada”, ressaltou Virgílio, que estava acompanhado da primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro, também curada da Covid.

 

O CCZ recebeu reforma completa da rede elétrica e hidráulica, saiu de 14 ambientes e, agora, conta com 50, incluindo área administrativa, canil, centro cirúrgico, ambulatórios, sala de vacinação antirrábica, laboratórios, salas de espera e de reunião, recepção, copa e refeitório.

 

“É uma obra humana, porque os animais fazem muito bem aos seres humanos. Na verdade, é um hospital para cães e gatos. Tem conforto, decência e respeito. Estou feliz, pois sonhava com essa obra grande, mas não pensei que ela fosse tão magnífica. Agora, se dá dignidade também aos animais desta cidade”, destacou o prefeito de Manaus.

 

E a primeira-dama indicou o caminho para aqueles que desejam ter um animal de estimação: a adoção. “Eu já tenho três filhos de quatro patas. É um amor que só quem tem pode entender. E quem deseja ter o seu cachorrinho ou gatinho, que venha até o CCZ. Nós temos vários animais que estão esperando, aguardando por você para serem adotados. Eles são entregues vacinados, vermifugados, cheirosos e prontos para lhe dar amor”, disse Elisabeth Valeiko Ribeiro, também presidente do Fundo Manaus Solidária.

 

O CCZ Dr. Carlos Durand recebeu esse nome em homenagem ao médico veterinário e ex-diretor do local. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), todo o projeto arquitetônico foi elaborado para atender a legislação atual, no que se refere ao controle de zoonoses, oferecendo um ambiente mais moderno e humanizado no atendimento à população e aos animais, além de garantir um espaço mais adequado ao trabalho dos servidores.

 

“Nossos animais terão muito mais conforto e segurança. Nossa equipe está preparada, nossos equipamentos adequados. É um grande ganho para os nossos animais. Esse lugar foi praticamente reconstruído e inaugurado no meio da pandemia”, reforçou o secretário municipal de saúde, Marcelo Magaldi.

 

Estrutura e atendimento

 

O espaço terá a capacidade, durante o período de pandemia da Covid-19, para realizar 16 castrações de cães e gatos por dia, mas o número poderá será ampliado para 50 procedimentos, após o fim da pandemia. A parte interna do lugar também traz mensagens sobre dicas e cuidados necessários com os animais domésticos como: não esquecer da vacinação, visitas periódicas ao veterinário e outros, além de orientar em relação ao artigo 32, da Lei 9.605/98, sobre o crime de abandono ou maus-tratos a animais.

 

No local, também serão oferecidos serviços de vacinação antirrábica animal, registro e identificação eletrônica de cães e gatos com implantação de microchip, visitas/fiscalização zoosanitárias, controle de animais sinantrópicos, que são aqueles que podem transmitir doenças e causar danos aos seres humanos, como é o caso de pombos, ratos, mosquitos, escorpiões, morcegos, entre outros.

 

Todos os serviços irão seguir Procedimento Operacional Padrão (POP), com direcionamento principal ao controle das zoonoses, como determinado dentro da estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS). No eixo da educação, o CCZ também realiza ações de orientações sobre a guarda responsável de animais.

 

O Centro de Controle de Zoonoses já estará em funcionamento nesta terça-feira, 4, e para agenda o atendimento é preciso acessar a plataforma “CCZ Cidadão” (http://ccz.manaus.am.gov.br). “O tutor vai entrar no site, vai fazer o cadastramento desse animal para fazer o agendamento”, explicou a diretora do CCZ, a médica veterinária Patrícia de Paula Roberto.

 

Mais melhorias

 

Em caso de denúncias sobre animais suspeitos para a transmissão de zoonoses, como raiva animal ou leptospirose, a readequação do prédio do CCZ permitiu a construção de espaço para 17 canis, de isolamento e observação de animais, assim como um espaço laboratorial para diagnóstico de zoonoses.

 

O espaço para a vacinação antirrábica animal para cães e gatos também foi ampliado. “O CCZ disponibiliza a vacina durante todo o ano e promove a campanha de vacinação antirrábica, como forma de proteger a população da raiva humana, doença que mata em quase 100% dos casos e que pode ser transmitida por cães e gatos não vacinados”, esclareceu Patrícia de Paula.

 

Para o chefe do Núcleo de Controle da Raiva Humana e Animal do CCZ, Jhonata da Silva Calheiros, uma das vantagens oferecidas a partir da readequação da sede do órgão é a instalação de um gerador, que vai garantir o fornecimento de energia elétrica no centro cirúrgico, evitando riscos no momento da cirurgia de castração, caso haja falta de energia, e para o setor de vacinas antirrábicas.

 

“Em termos de infraestrutura, o prédio passou a ser mais adequado às normas do Ministério da Saúde e legislação sanitária. Conta agora com espaço diferenciado para o centro cirúrgico, incluindo salas de pré e pós-operatório, e uma sala para o laboratório, espaço que não existia na sede antiga. Houve a extinção dos canis coletivos, passando para baias individuais e diferenciadas, para observação e isolamento. Tudo isso oferece mais segurança para o trabalho e é também um reconhecimento para o servidor, que se sente mais valorizado em relação ao serviço que executa na Semsa”, afirmou Jhonata Calheiros, que há sete anos é servidor do CCZ.