RIO – As equipes de resgate que atuam na área do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho já resgataram sete corpos, segundo informou o prefeito de Brumadinho, Avimar Melo, em entrevista à GloboNews, no início da noite. O número de vítimas, porém, deve ser muito maior. O acidente em Brumadinho ocorre três anos depois da tragédia em Mariana , também em Minas, que deixou 19 mortos.
– A todo momento estão encontrando mais corpos. Eram pelo menos 300 pessoas, entre funcionários da Vale e de terceirizadas. Pelo menos 200 ainda estão desaparecidas – disse o prefeito.
A estimativa coincide com a feita pelo presidente da Vale, Fabio Schvartsman, em entrevista coletiva no Rio. Ele disse que havia 300 funcionários no local no momento da tragédia. A maioria dos atingidos é formada por funcionários próprios e terceirizados. A barragem tinha baixo risco de acidente, mas alto potencial de danos , segundo documento da Agência Nacional de Águas.
O presidente da empresa disse que ainda não há informações sobre o que provocou o acidente. E que os esforços estão concentrados agora no resgate das vítimas. Ele confirmou que a Barragem I se rompeu, e o vazamento fez com que uma outra barragem da Vale, ao lado, transbordasse.
– Estou dilacerado. Minha intenção é ir diretamente para lá – disse Schvartsman. – Não sabemos o que houve, e vamos nos dedicar com energia para descobrir o que foi, em seu tempo. Mas agora o que importa é ajudar no resgate.
possivelmente o dano ambiental será menor. Mais cedo, o presidente da Vale havia dito: ” ‘Como dizer que aprendemos algo com Mariana? “.
Schvartsman afirmou ainda que a companhia está montando um grande esquema de assistência na região, com um gabinete de crise e todos os diretores envolvidos.
– Mobilizamos 40 ambulâncias que tínhamos na região. E estamos mobilizando hospitais públicos e privados no local. Montamos três centros de atendimento a vítimas na região e montando assistência social para as vítimas.