Nesta terça-feira, 13/5, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, agradeceu, em suas redes sociais, a resposta da ativista ambiental sueca Greta Thunberg, sobre o pedido de ajuda à Amazônia durante a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. “Eu sabia que da Greta viria coisa boa e, agora, espero que ela possa estimular líderes mundiais a ajudarem nossa região, que precisa de toda a atenção nesse momento”, disse o prefeito.
No início de maio, Arthur enviou um vídeo institucional à ativista sueca, enfatizando o estado de calamidade que a capital vive, solicitando a cooperação de Greta para salvar a vida do povo da floresta, como ele se referiu no material, visto que o Amazonas tem 96% da sua floresta em pé, sendo grande contribuinte para a saúde ambiental do planeta.
“Greta agiu. Tomou uma decisão madura e pensada em fazer essa comunicação aos principais líderes mundiais. Eu devo dizer ‘muito obrigado’ e reforçar que nós estamos em pé, na luta, porque é em pé que se vence uma luta”, pontuou Arthur, acrescentando que formalizará outra carta à ativista, para alinhar estratégias de combate à doença não só na capital, mas em toda a Amazônia.
Segundo o prefeito de Manaus, o agravamento da pandemia da Covid-19 no Amazonas pode acarretar recessão da economia, gerando fome e miséria, e fazendo com que a população chegue ao extremo de avançar sobre a floresta para sobreviver. “É tudo o que não queremos e estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para impedir isso”, frisou.
Com o cenário de crise que vive não só Manaus, mas também o Amazonas, Arthur tem promovido mobilizações globais, solicitando o reforço de países ricos no combate à Covid-19 na região amazônica, que já registra, inclusive, morte de indígenas. Os dados dão conta de que no final desta primeira quinzena de maio houve uma migração de casos de Manaus para os demais municípios do interior, que estão apresentando crescimento de pessoas confirmadas com o vírus e, o que é mais grave, onde a escassez de leitos é ainda maior do que na capital.
“A questão amazônica começa a se tornar, efetivamente, um debate mundial. Deixa de ser uma questão local. Ou nós salvamos o principal antídoto ao aquecimento global ou nós perderemos os nossos rios e florestas”, finalizou o prefeito Arthur Virgílio Neto.