Ricardo Nicolau cobra debate técnico para pôr fim à greve da Educação

O deputado estadual Ricardo Nicolau (PSD) afirmou que o governo do Estado precisa estabelecer um debate ‘claro e técnico’ sobre o reajuste salarial que motivou o estado de greve dos professores da rede pública. A cobrança foi feita pelo parlamentar em apoio às reivindicações dos trabalhadores da Educação que estiveram nesta terça-feira (30) de abril, no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

“A categoria como um todo pode contar com o Ricardo Nicolau”, assegurou o deputado ao grupo de professores que lotou a galeria da Casa. “A manifestação dos professores é legítima e o governo precisa chamá-los para mostrar a realidade de forma clara. Está faltando diálogo que busque um entendimento, de forma técnica, do que é possível ser feito para que, na ponta, os estudantes não sofram ainda mais.”

Com atividades paralisadas desde o dia 15 de abril, cerca de 30 mil professores da rede estadual de ensino pedem 15% de aumento na data-base enquanto o Executivo está oferecendo 3,93%. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) alega estar impedida de conceder o percentual reivindicado pelos trabalhadores por conta das limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Na tribuna, o deputado defendeu um equilíbrio para o enfrentamento da questão e um trabalho de ‘convencimento’ por ambos os lados. “Qualquer negociação precisa ser dialogada. Não se pode impor um limite, como esse de 3,93%, sem negociação. É preciso buscar, tecnicamente, um equilíbrio entre o que o Estado pode efetivamente pagar e a garantia de que os professores tenham seus direitos resguardados”, disse Ricardo Nicolau.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, disse que os professores acumulam 10,6% em perdas do poder de compra referentes ao escalonamento da data-base no período de março de 2018 a fevereiro de 2019. A ampliação do auxílio-alimentação, auxílio-localidade e vale-transporte, além de progressões horizontais e verticais, são outras demandas da categoria.