Hemoam realiza evento do Junho Vermelho na Assembleia Legislativa

Em comemoração ao Junho Vermelho, a Fundação Hospitalar de
Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) realizou evento na
Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira
(11). A unidade móvel para coleta de sangue, o conhecido Vampirão, ficou
estacionado de 8h às 12h, na entrada da sede da Aleam, uma grande
parceira do Hemoam.
A Casa tem o programa Doador Legal e em maio deste ano bateu o
recorde entre todas as instituições parceiras: conseguiu coletar 108 bolsas
de sangue. “Batemos o recorde de todas as instituições públicas. Nenhuma
outra instituição, num só dia, havia conseguido coletar 108 bolsas de
sangue. Para nós foi uma grande surpresa”, diz a assistente social Eleonora
de Alencar Alves Araújo, subgerente de Coleta Externa do Hemoam, que
estava coordenando os serviços da unidade móvel.
Dentro da programação de hoje vai ser realizada uma Sessão solene no
plenário da Casa, a partir das 13h, com homenagem aos doadores de
sangue nas categorias ouro, prata e diamante.
Sangue raro
O chamado Junho Vermelho foi instituído para chamar a atenção sobre a
importância de doar sangue e salvar vidas. Segundo Eleonora, existem 500
mil doadores cadastrados no Hemoam, resultado de parcerias com diversos
órgãos, como as Forças Armadas, universidades, Tribunal de Contas do
Estado (TCE) e Ministério Público (MP), além de secretarias estaduais e
municipais. Ela esclarece que todos os tipos de sangue são bem-vindos e
informa que O negativo é raro.
“É universal, que pode ser doado para todos, mas só recebe dele mesmo.
O negativo é um sangue raro. Para você ter uma ideia, hoje temos um
estoque de 800 a 900 bolsas de sangue. No entanto, temos apenas 20 bolsas
de O negativo”, informa a subgerente, revelando outro dado: no Amazonas,
cerca de 60% da população tem sangue O positivo, por causa da
descendência indígena. E entre a população indígena, 100% tem sangue O
positivo.
Hospital do Sangue

De acordo com informações divulgadas na imprensa, cerca de 40% da
estrutura física do futuro Hospital do Sangue já está pronta e a obra deve
ser entregue em 2020. Para a subgeremte, é a realização de um sonho,
iniciado em 1982, quando o Dr. Nelson Fraiji teve a ideia de criar um
banco de sangue no Hospital Universitário Getúlio Vargas. “Ele é o mentor
da ideia. Com a construção da sede do Hemoam, entre 1986-1988,
começou o banco de sangue lá. Começou minúsculo, depois foi se
expandindo e agora já está sendo construído o Hospital do Sangue, para
fazer transplante de medula óssea. Veja que maravilha”, afirma.
Ainda de acordo com Eleonora, o Hemoam é um centro de referência da
região Norte. “Recebemos pessoas do interior do nosso Estado, Roraima e
até do Pará. Chegam também pessoas das fronteiras, que vêm se tratar aqui
no Amazonas”, declarou.