Desburocratização ambiental cria alternativas para o AM, diz Josué Neto

“Muita gente diz que só temos a Zona Franca, e nós só temos mesmo. Porque as leis ambientais são muito restritivas em nossa região”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Josué Neto (PSD), ao defender o modelo na Sessão Compensatória desta segunda-feira (29) no Parlamento. Ele disse que há anos a classe política busca alternativas econômicas para o Estado, mas estas estão travadas por questões ambientais “extremamente severas”.

Segundo ele, para que o Amazonas tenha condições de alavancar a economia do Estado e manter a geração de emprego e renda para a população sem os incentivos fiscais de hoje, é necessário “desburocratizar a legislação ambiental”, e mesmo que isso aconteça serão necessários alguns anos até que o Estado possa manter-se por essas alternativas.

“Em nenhum momento a classe política esteve ausente dos debates sobre alternativas econômicas para o Amazonas. Só que nós temos leis ambientais extremamente severas. O maior exemplo, que estamos acompanhando nos últimos dez anos, é a liberação da BR-319 para que ela seja trafegável. Temos que ficar de olho sim no nosso modelo (Zona Franca de Manaus). Porque, para que a gente possa utilizar uma dessas alternativas econômicas, são necessários anos. Não é num estalar de dedos. A Zona Franca existe para que tenhamos algumas vantagens comparativas. Porque moramos na região mais isolada do país. Não temos infraestrutura para exportar os nossos produtos. Não temos, estradas, nem portos, e o custo do transporte aéreo é muito alto”, disse.

O parlamentar lembrou algumas das várias alternativas econômicas que passaram por debates na Assembleia, como a possibilidade de exploração do potássio, do nióbio, do gás natural do campo do Azulão, em Silves, no Médio Amazonas. “A segunda maior jazida de potássio do mundo está no Amazonas, entre Nova Olinda do Norte, Autazes, Urucurituba e Itacoatiara. Também temos um dos minérios mais usados na indústria, que é o nióbio. Coisas que nós não utilizamos para a nossa economia”, afirmou.