Amaggi tem que respeitar os produtores rurais do Amazonas, diz Sinésio Campos

O deputado estadual Sinésio Campos (PT), da tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), prestou contas da reunião que ocorreu no auditório da Receita Federal, na qual o Grupo Amaggi apresentou os preços que venderia o milho e o farelo de soja ao criador rural do Amazonas.

A reunião foi conduzida pelos membros da Comissão Especial que visa colher dados, elaborar propostas e implantar projetos junto à empresa Amaggi, na venda e utilização do farelo de soja, casca de soja, milho, caroço de algodão, farelo (cuim) de arroz e fertilizantes em atividades agropecuárias do Estado do Amazonas. Segundo representantes da empresa, se o Grupo Amaggi fosse vender seus insumos no Amazonas, venderia a saca do milho a R$ 70, e o farelo de soja ao preço de R$ 2.014,00 a tonelada.

O presidente da Secretária de Estado da Produção Rural (Sepror), Petrucio Pereira de Magalhães Júnior, parabenizou a dedicação do deputado estadual Sinésio Campos, em abraçar a causa dando tamanha relevância ao setor primário do Amazonas. “Nunca o setor primário foi visto com tanta importância, parabéns deputado Sinésio por estar junto do povo e do agricultor do Amazonas nessa pauta. Desde já nos posicionamos contra e repudiamos o preço da empresa para o produtor do Amazonas. Iremos agendar uma reunião com o Governador que está totalmente solícito à causa e buscar soluções para a questão e em breve estaremos confirmando a data”, relatou Petrucio.

“Temos uma produção de mais de um milhão e meio de ovos por dia, mas os produtores compram do Mato Grosso os insumos. Apresentamos uma proposta ao Grupo Amaggi, mas eles não deram atenção em buscar conciliar um preço que atenda o produtor Amazonense que continua sofrendo com a falta de insumos para seus animais. Eles não nos respeitam, apresentaram nessa reunião valores muito superiores ao mercado local, tornando praticamente inviável a compra. A nossa Comissão Especial que é composta pelos principais órgãos representantes do setor primário do Amazonas não vai se admitir esse descaso. Pedimos o apoio do Governador do Estado, pois não mediremos esforços para buscar melhorar o quadro de nosso setor primário e seu polo produtivo”, disparou Sinésio.