A Polícia Civil do Amazonas prendeu um professor de 37 anos, suspeito de estupro de vulnerável e outros crimes sexuais contra oito alunas de uma escola municipal em Juruá. As vítimas, com idades entre 10 e 11 anos, relataram os abusos à diretoria, que acionou o Conselho Tutelar e a 70ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP). A prisão ocorreu no bairro Nova Esperança, na última segunda-feira (16/12).
Vítimas criaram código para pedir ajuda
De acordo com o delegado Bruno Rafael Nunes, responsável pelo caso, as investigações começaram após a denúncia do Conselho Tutelar. As crianças usaram um “código de socorro” para sinalizar o perigo. Elas pediam borrachas emprestadas como alerta de que estavam prestes a sofrer algum abuso e fugiam do suspeito. O medo das alunas era tão grande que esse mecanismo se tornou essencial para evitar novos ataques.
Durante as investigações, as vítimas foram ouvidas por meio de escuta especializada e confirmaram os atos cometidos pelo professor. Diante das provas coletadas, a prisão preventiva foi solicitada e cumprida com sucesso.
Ações contra crimes sexuais no interior
A prisão do professor integra uma série de ações da Polícia Civil no interior do Amazonas. Segundo a instituição, a Polícia Civil realizou mais de 140 prisões relacionadas a crimes sexuais contra crianças e adolescentes em 2023. A rápida e efetiva atuação das autoridades é essencial para combater esse tipo de crime e garantir justiça às vítimas.
O delegado acredita que o número de vítimas pode ser maior, pois a divulgação do caso pode encorajar outras denúncias. A Polícia Civil segue apurando novos relatos e pede que familiares ou responsáveis denunciem qualquer sinal de abuso.
O professor responderá por estupro de vulnerável, importunação sexual e aliciamento. Ele está à disposição do Poder Judiciário, que dará prosseguimento ao caso. A polícia reforça a importância da denúncia para proteger crianças e adolescentes de crimes semelhantes.
Foto: Divulgação/PC-AM