Após dois anos de apurações, a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. A investigação indicou que as atividades de fiscalização ambiental e proteção indígena de Pereira na região do Vale do Javari, Amazonas, motivaram o crime. As autoridades indiciaram nove suspeitos, incluindo o suposto mandante Ruben Dario da Silva Villar.
Entenda o caso de Bruno e Dom no Vale do Javari
Bruno Pereira, licenciado da Funai, acompanhava Dom Phillips em uma viagem investigativa pela Amazônia. Phillips, jornalista com trabalhos publicados em veículos internacionais, buscava entrevistar lideranças locais para um livro-reportagem sobre a região. O Vale do Javari abriga diversas comunidades indígenas e enfrenta ameaças constantes à preservação ambiental, o que motivou Pereira a atuar em defesa dos direitos dessas populações.
Investigação e indiciamento dos suspeitos
A PF indiciou nove pessoas, com base em provas que ligam os suspeitos ao duplo homicídio e à ocultação dos corpos. Villar, identificado como líder do grupo, teria financiado munições e despesas iniciais da defesa de um dos acusados, conhecido como “Pelado”. Outros envolvidos teriam contribuído diretamente na execução e ocultação dos cadáveres. A denúncia já foi encaminhada ao Ministério Público Federal, que avaliará a possibilidade de levar o caso à Justiça.
Desdobramentos e medidas de proteção
A PF reforçou que seguirá monitorando ameaças na região, onde ainda há riscos para indígenas e defensores dos direitos ambientais. O inquérito final destaca a importância das ações de Bruno Pereira para a segurança das comunidades tradicionais.
Foto: pi.Isolados/ Instagram
Arte/Agência Brasil
