A recuperação florestal no Brasil tem ganhado força com novas parcerias que apostam na sustentabilidade e no impacto positivo para a biodiversidade. Projetos recentes, que integram sociedade civil e empresas, buscam criar uma economia voltada para a restauração ambiental. O movimento conta com apoio financeiro e visa tanto a proteção das florestas quanto o desenvolvimento das comunidades locais, integrando-as em projetos de impacto ecológico.
Parcerias para impulsionar o mercado de carbono
Um dos principais exemplos de parceria na recuperação florestal é o projeto de 12 mil hectares no sul da Bahia, uma iniciativa entre a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) e uma empresa especializada em restauração em larga escala. Essa colaboração, que envolve também a Priceless Planet Coalition, representa um esforço coletivo para enfrentar mudanças climáticas, favorecendo a regeneração da Mata Atlântica. Com apoio de comerciantes e instituições financeiras, a coalizão investe em áreas degradadas, integrando mercados de carbono para alavancar a sustentabilidade econômica.
Impacto positivo na biodiversidade e na economia
A restauração florestal não apenas contribui para a biodiversidade, mas também cria empregos nas comunidades próximas, fortalecendo a economia local. Com isso, o projeto torna-se um exemplo prático de como a preservação ambiental pode se aliar ao desenvolvimento econômico. “Esse é o grande trunfo da restauração: ela é boa para o clima, para a biodiversidade e para as pessoas”, ressalta Maurício Bianco, da CI-Brasil.
Plano Nacional de Recuperação e novas metas para o Brasil
O Plano Nacional de Recuperação de Vegetação Nativa (Planaveg) também reforça a meta de restaurar 12 milhões de hectares até 2030. Durante a COP16, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que o país precisa transformar investimentos em ações concretas para restaurar ecossistemas. Segundo ela, a restauração traz benefícios econômicos, ao mesmo tempo que reduz o passivo ambiental, incentivando o uso sustentável de áreas degradadas.
O novo cenário para a recuperação florestal no Brasil representa uma convergência de esforços entre sociedade civil e setor privado, unindo conservação e desenvolvimento sustentável.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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