Pandemia afeta vendas do comércio paulistano na 2ª quinzena de março

Pandemia afeta vendas do comércio paulistano na 2ª quinzena de março

As vendas do comércio na capital paulista registraram queda média de 53,4% na segunda quinzena de março na comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgado hoje (2).

Na primeira quinzena houve alta de 5,3% nas vendas, ainda refletindo os efeitos da última semana de fevereiro. O cenário muda a partir do momento em que o comércio considerado não essencial passa a ficar fechado.

O movimento de vendas a prazo, que incluem bens duráveis como eletrodomésticos, registrou queda de 61,7%. As vendas à vista, ou de bens não-duráveis, como vestuários e calçados, desaceleraram 45%. Na comparação mensal, ou seja, com março de 2019, a queda média foi de 27%, sendo que 30,4% referem-se à diminuição nas vendas a prazo, e 23,6% foi o recuo nas vendas à vista.

“Começamos o mês com uma conjuntura, mas encerramos com outra. Porém, vale lembrar que esses são dados preliminares do comércio físico, que não incluem o setor supermercadista nem as vendas pela internet, já que muitos que não conseguiram comprar em lojas físicas, acabaram comprando on-line”, disse o presidente da ACSP, Alfredo Cotait, presidente da ACSP.

Segundo Cotait, o resultado é reflexo da pandemia de coronavírus e das medidas de isolamento social que se intensificando no país desde o último dia 15. Ele reforçou que a queda no movimento geral reflete tanto as medidas adotadas para controlar a epidemia como a própria cautela do consumidor, que tem preferido comprar o essencial. “A expectativa agora é que (a pandemia) possa ser mitigada o quanto antes, e que dure o menor tempo possível.

Fonte: Agência Brasil