MPF quer corrigir abandono que foi imposto ao Vale do Javari

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação à União e à Fundação Nacional do Índio (Funai), na qual sugere a reparação do abandono que a atual gestão federal imprimiu no Vale do Javari. No documento, o MPF pede que sejam reestruturadas e modernizadas as Bases de Proteção Etnoambiental da região e constata precariedades na estrutura disponibilizada aos agentes da Força Nacional de Segurança atuantes na região, além do déficit de pessoal da própria equipe. Na recomendação, o MPF estabelece um prazo de 10 dias para que o poder público se manifeste sobre o acatamento da sugestão.

RECOMENDAÇÕES À FUNAI

Dentre as recomendações sugeridas à Funai estão a instalação de iluminação adequada à vigilância das bases e a garantia de proteção mínima aos servidores públicos; o fornecimento e a manutenção de espaços adequados e seguros aos seus próprios servidores e aos servidores da Força Nacional de Segurança Pública; a aquisição de equipamentos destinados à conservação de alimentos e consumo de água potável; o fornecimento de embarcações para deslocamento eficiente e seguro do efetivo destacado; o fornecimento de estrutura que permita o uso de internet adequada; e a instalação de geradores eficientes.

RECOMENDAÇÕES À UNIÃO

Já as medidas recomendadas à União são direcionadas ao diretor da Força Nacional de Segurança Pública para que adote, no âmbito das suas atribuições, providências administrativas imediatas para modernização e disponibilização de estrutura suficiente à operação da Força Nacional de Segurança Pública em atuação nas Bases de Proteção Etnoambiental do Vale do Javari; e assegure que o efetivo da Força Nacional em campo na Terra Indígena Vale do Javari tenha condições suficientes para exercer a fiscalização do território e proteção da estrutura da Funai.

ABANDONO DE CASO PENSADO

A situação precária encontrada pelo MPF nas Bases de Proteção do Vale do Javari é resultado de um abandono feito de caso pensado pelo atual governo federal. É resultado do desmonte de órgãos como a Funai, o Ibama e o Incra, que tinham naquela região projetos e funções que foram descontinuadas pelo corte de verbas e de pessoal. Não é, contudo, uma exclusividade do Vale do Javari. Em outras terras indígenas e localidades da Amazônia, a situação de abandono programado pelo poder central é a mesma.

DAVID AFAGA MARCELO

Em evento realizado na manhã desta segunda-feira (27) lançamento dos projetos que compõem um pacote de obras para a rede de Atenção Básica de Saúde de Manaus, o prefeito David Almeida (Avante) fez um reconhecimento público da contribuição do deputado federal Marcelo Ramos (PSD) para a Saúde da Capital. “Não posso deixar de reconhecer que foi Marcelo Ramos quem destinou a maior emenda parlamentar de todos os tempos a Manaus”, disse o prefeito, ao se referir à maior emenda parlamentar individual da história da saúde pública de Manaus, de R$ 20 milhões, oriundos de emenda parlamentar de Ramos.

AFAGO RETRIBUÍDO

No mesmo evento, Marcelo Ramos tratou de retribuir o afago feito pelo prefeito. Marcelo afirmou que os recursos serão destinados à reconstrução de oito UBS, quatro policlínicas e a base do SAMU em Manaus. “Isso tendo a certeza da correta execução dos recursos por parte do prefeito David Almeida”, elogiou.

DISCORDÂNCIA EM FAMÍLIA

O vereador Amom Mandel (Cidadania) mostrou que, se for preciso, não poupa nem membros de sua família das críticas. Amom não só criticou uma decisão de seu avô, Domingos Chalub, que é presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) como distribuiu material, por meio de sua assessoria, divulgando suas críticas ao avô. Amom se pronunciou contra a decisão proferida nesta segunda-feira (27), que acatou um pedido da Procuradoria-Geral do Município (PGM). A decisão suspendeu o bloqueio de R$ 3 milhões nos cofres do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amazonas (Sinetram), determinado pela juíza Maria Eunice Torres do Nascimento, no último dia 22.

BOLSONARO UNE AS GALERAS

O presidente Jair Bolsonaro conseguiu um feito inédito neste fim de semana: uniu as galeras de Garantido e Caprichoso, que bradaram em uníssono um sonoro coro de “fora Bolsonaro” no bumbódromo de Parintins. As galeras rivais costumam se calar quando é a vez da galera adversária se pronunciar. Desta vez, entretanto, resolveram fazer uma manifestação conjunta na arena que abriga a disputa entre Caprichoso e Garantido.

CAPRICHOSO CAMPEÃO

Foi divulgado no final da tarde desta segunda-feira (27), o resultado do Festival Folclórico de Parintins 2022. O Boi-Bumbá Caprichoso sagrou-se campeão. Na soma de pontos das três noites da 55ª edição da disputa, o Caprichoso ficou com 1259,3 pontos, contra 1258,5 do rival Garantido. Parabéns, portanto, para a galera do azul, que está em clima total de comemoração do título do “maior festival de todos os tempos”.