O Júri acatou a tese apresentada pelo MPAM de que a mandante do crime, mãe do namorado da vítima, contratou o serviço porque era contra o relacionamento do casal
O Conselho de Sentença da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus acatou a tese proposta pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), por meio da Promotora de Justiça Clarissa Moraes Brito, da 17ª Promotoria de Justiça de Manaus, e condenou Andres Eduardo Munos Pinto e Teresa de Jesus Hernandez Bemon pelo crime de homicídio triplamente qualificado (mediante paga e por motivo torpe, com uso de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima).
Os réus foram condenados pelo assassinato de Yemmy Yenileth Rodriguez, crime praticado no dia 5 de julho de 2022, no Bairro Mauazinho, zona leste da Capital.
De acordo com a denúncia do MPAM, Teresa de Jesus Hernandez Bemon contratou Andres Eduardo Munos Pinto para que matasse Yemmy Yenileth Rodriguez. O motivo seria porque Teresa de Jesus não concordava com o relacionamento de seu filho com a vítima.
O julgamento, realizado na última quinta-feira, 26/10, resultou em condenações que, somadas, ultrapassam os 50 anos. Teresa de Jesus Hernandez Bemon, mandante do crime, foi condenada a 24 anos e seis meses, enquanto Andres Eduardo Munos Pinto, executor do crime, recebeu a pena de 27 anos e um mês de prisão. Ambos cumprirão suas penas em regime fechado.
Em prisão preventiva desde a época do crime, Andres Eduardo Munos Pinto passa ao cumprimento provisório da pena. Teresa de Jesus Hernandez Bemon foi presa preventivamente em plenário, para também dar início ao cumprimento provisório da pena. Tanto a defesa dos réus, quanto o Ministério Público podem recorrer da sentença. Em razão dos réus e da maioria das testemunhas serem de origem venezuelana com fluência na língua espanhola, o julgamento foi realizado com mediação de um intérprete, para tradução de todos os depoimentos e interrogatórios realizados durante a sessão. A sessão de julgamento foi presidida pela Juíza Danielle Monteiro Fernandes Augusto.