Movimento Cívico leva mais de dezoito mil pessoas à Ponta Negra. Romero Reis (sem partido), Chico Preto (sem partido), deputado federal delegado Pablo (PSL) e deputado estadual delegado Péricles (PSL) estiveram presentes no ato em apoio ao presente Jair Bolsonaro (sem partido)
Movimento Cívico leva mais de dezoito mil pessoas à Ponta Negra.
O evento estava marcado para iniciar às 15h, mas os manifestantes vestidos de verde e amarelo e portando bandeiras do Brasil dos mais diversos tamanhos começaram a chegar à praia da Ponta Negra logo depois do meio-dia. Mesmo com apoio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), as principais vias de acesso ficaram congestionadas por causa do grande número de pessoas que saíram de casa no feriado para protestar.
Na hora marcada para que os principais integrantes da direita ocupassem o trio elétrico, mais de dezoito mil pessoas se distribuíam pelas calçadas e pelas pistas. Famílias inteiras se mobilizaram para demonstrar apoio ao Governo Federal. O evento foi ordeiro e pacífico.
Os seguidores do pecuarista mato-grossense, Thiago Boava, que se notabilizou por defender o presidente Jair Messias Bolsonaro vestido de cowboy do faroeste, ocuparam a Ponta Negra com dezenas de carretas, impedindo o trânsito no local onde estava posicionado o trio elétrico, proporcionando espaço para que as pessoas pudessem circular sem confusão. “Estou encantado com o Amazonas. O movimento pró presidente tem se fortalecido por causa da atitude que os demais políticos têm tido, não ouvindo as vozes que vêm da rua. Há algum tempo estamos fazendo movimentos, pedindo e espero, que diante desta multidão, os políticos parem e reflitam sobre o que o povo tá querendo”, declarou Thiago Boava.
O pecuarista veio à Manaus acompanhado da esposa, a jornalista e digital influencer Amália Barros, que contou aos presentes a luta para conseguir a aprovação, no mês de março, do Projeto de Lei nº 1.615/2019, que ficou conhecido como Lei Amália Barros por ela ter defendido em suas redes sociais que a visão monocular deveria ser classificada como deficiência e seus portadores poderiam receber os benefícios previstos em lei. “Hoje, quem não tem um olho ou não tem a visão de um olho é reconhecido como uma pessoa deficiente com todos os seus direitos no Brasil. Essa lei, em 2008, foi protocolada, passou na Câmara Federal e no Congresso Nacional, mas o Lula vetou. Ele sem um dedinho se afastou do trabalho e não reconheceu quem não tem a visão de um olho. A gente só teve a nossa dignidade resgatada neste governo Bolsonaro”, relatou a jornalista, que tem visão monocular.
Liberdades individuais
Muitas pessoas levaram cartazes e faixas, que davam apoio ao presidente, inclusive, fazendo referências às eleições de 2022, outras pediam o voto impresso. A maioria, no entanto, cobrou uma mudança de conduta dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. O pedido dos participantes reverberou entre as lideranças políticas.
“Estamos aqui defendendo a independência dos poderes. Cada um deve fazer o seu papel. Nenhum pode extrapolar a competência do outro. O Judiciário através do Supremo Tribunal Federal tem exorbitado. Eu digo isso como um cidadão que tem direito de expressão. É preciso rever e moderar em prol da harmonia e do desenvolvimento do país, especialmente das pessoas que esperam alguma oportunidade para vencer na vida. O equilíbrio deve prevalecer”, discursou o empresário Romero Reis (Sem partido).
A fala de Romero Reis foi ratificada pelo ex-vereador e ex-deputado Chico Preto (sem partido). “199 anos depois da independência ou morte, os homens, as mulheres, as famílias vêm para cá com um único grito na garganta: liberdade. Temos que ter liberdade para falar, liberdade para empreender, liberdade para nos defender, liberdade para não ser ameaçado por expressar o que se pensa. Uma injustiça que se faz a uma pessoa é uma ameaça que se faz a todos nós. As ruas não vão silenciar, não vão se dobrar. As ruas vão dar um recado. Nós estamos com o presidente, nós estamos com o Brasil acima de tudo”, finalizou Chico Preto.
O deputado federal capitão Alberto Neto (Republicanos) não esteve presente no ato por estar acompanhando o presidente Bolsonaro, mas enviou mensagem de apoio aos manifestantes, pedindo união da direita.