Morte após nebulização com hidroxicloroquina em Itacoatiara

Morte após nebulização com hidroxicloroquina em Itacoatiara

O deputado Dermilson Chagas (Podemos) recebeu, na manhã desta quinta-feira (22), uma denúncia sobre a morte de uma paciente idosa, de 71 anos, no Hospital Regional José Mendes, no município de Itacoatiara, após ela ser submetida a várias sessões de nebulização com hidroxicloroquina em fevereiro deste ano.

 

Morte após nebulização com hidroxicloroquina em Itacoatiara

O denunciante informou que foi receitado à paciente duas vezes por dia a administração de nebulização com Clenil com 20 gotas de Atrovent e mais dois comprimidos de Hidroxicloroquina macerados em soro fisiológico 0,9%, que é o mesmo que 0,9% de cloreto de sódio, o popular sal de cozinha.

Segundo o deputado, além dessa morte, a denúncia informa que existe médico sem CRM e sem Revalida atuando naquela unidade de saúde.

O parlamentar disse ainda, que, segundo a denúncia, aconteceram mais de 100 mortes na mesma unidade hospitalar..

Após ouvir todo o caso, o parlamentar proferiu na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) um pedido ao Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) e ao Ministério Público Federal (MPF) que investiguem a fundo o caso.

Dermilson Chagas enfatizou que a hidroxicloroquina não é recomendada para tratamento de Covid-19 e que é importante investigar todas as mortes no municípios e descobrir se outras pessoas faleceram por fazer nebulização com hidroxicloroquina.

Vale ressaltar que o uso da hidroxicloroquina foi proibido em diversos países, após estudos científicos constatarem que, além de não ser adequado para o tratamento de Covid-19, a sua utilização acelerou o processo de inflamação e resultou na morte de pacientes.