Ministério Público do Amazonas lança guia sobre linguagem inclusiva

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) lançou recentemente o “Guia Rápido de Linguagem Inclusiva: Como Falar com Respeito sobre Crianças e Adolescentes”. O documento tem como objetivo promover uma comunicação mais respeitosa e inclusiva, especialmente no trato de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade. A iniciativa, coordenada pela promotora de Justiça Romina Carmen Brito Carvalho, visa garantir que os membros, servidores e colaboradores do órgão adotem práticas de comunicação que reforcem a dignidade e os direitos dessa faixa etária.

A cartilha recomenda mudanças simples, porém significativas, no uso da linguagem. Termos como “menor infrator” e “delinquente juvenil” precisam ser substituídos por “adolescente em conflito com a lei”. Isso proporciona uma abordagem mais humanizada e evita a estigmatização dos jovens. A palavra “menor”, que remete ao antigo Código de Menores, é substituída por “criança” ou “adolescente”, trazendo uma visão mais justa e moderna sobre o tema. O objetivo é evitar que os rótulos dificultem a ressocialização desses indivíduos.

Além disso, o guia aborda a importância de evitar diminutivos, como “ceguinho”, que desumanizam as pessoas. O correto é adotar termos como “pessoa com deficiência visual” ou “pessoa surda”. Também se recomenda a substituição de expressões como “menino(a) de rua” por “criança em situação de rua”, pois essa mudança reflete melhor a realidade e evita marginalizar ainda mais os menores.

A cartilha ressalta que, ao adotar essas mudanças simples, é possível promover um ambiente mais acolhedor e inclusivo para todas as crianças e adolescentes, independentemente de sua situação social. Segundo Romina Carmen Brito Carvalho, a força das palavras pode transformar a convivência em sociedade, garantindo um futuro mais justo e sem estigmas.

Adotar uma linguagem inclusiva não é apenas uma ação de respeito, mas uma verdadeira forma de contribuir para uma sociedade mais igualitária. O Ministério Público do Amazonas segue reforçando que, com pequenas mudanças no vocabulário, é possível evitar práticas discriminatórias e fortalecer os direitos dos jovens em nossa sociedade.

A cartilha ficará disponível aqui e na página do CAO-IJ, no portal do MPAM.

Arte: Steven Conte