A projeção de crescimento da economia brasileira em 2024 foi revista para 3,49%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (23). O ajuste, que eleva a previsão anterior de 3,42%, reflete uma avaliação mais otimista sobre o desempenho da economia no próximo ano. Essa revisão se baseia em dados positivos do terceiro trimestre de 2024, que mostraram um crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao trimestre anterior.
Expectativa de crescimento e inflação
O crescimento da economia em 2024 é impulsionado principalmente por uma recuperação gradual em vários setores, o que levou o BC a revisar sua própria previsão de expansão para 3,5%. A alta do PIB é acompanhada de perto por expectativas de inflação, que também subiram. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,89% para 4,91%, superando o teto da meta do BC, que é de 4,5%. A previsão para 2025 também indica uma inflação mais alta, com estimativa de 4,84%.
Dólar e taxa de juros
A previsão do mercado para o dólar no final de 2024 permanece em R$ 6,00, enquanto para 2025, a estimativa é de que a moeda americana esteja em R$ 5,90. A alta recente do dólar e as incertezas globais impactaram a política monetária do Brasil. O Banco Central já sinalizou que pode aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e março de 2024, caso o cenário atual se mantenha. A Selic, atualmente em 12,25%, tem sido uma ferramenta essencial para controlar a inflação.
Projeções para o futuro
Para os anos seguintes, as projeções de crescimento do PIB também foram ajustadas. A estimativa para 2025 é de uma expansão de 2,02%, com as expectativas para 2026 e 2027 em 1,9% e 2%, respectivamente. Esses números refletem um cenário de moderada recuperação econômica, com desafios tanto internos quanto externos.
Com um cenário econômico dinâmico, a expectativa é de que o Brasil continue enfrentando desafios fiscais e inflacionários nos próximos anos. Contudo, as revisões positivas nas projeções indicam que o país poderá manter um ritmo de crescimento estável, desde que as condições globais e internas evoluam favoravelmente.
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil