Cultura

Maracatu Nação pode virar 8º patrimônio imaterial do Brasil

Unesco já recebeu dossiê que oficializa candidatura da manifestação

O maracatu nação pode se tornar o oitavo bem cultural do Brasil inscrito na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultural (Unesco).

Os Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores entregaram na segunda-feira (31) o dossiê oficializando a candidatura do maracatu nação, também conhecido como maracatu do baque virado, para a titulação ao Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, que deve apreciar o pleito até o fim do próximo ano.

Pesquisadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, mestres detentores da forma de expressão cultural e outros representantes ligados à  Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco e à Associação dos Maracatus de Olinda trabalharam na elaboração do documento desde 2021.

Entre os critérios para entrar na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco, estão os de ser um bem registrado como patrimônio imaterial pelo Iphan, ter um plano de salvaguarda elaborado e garantir o envolvimento dos detentores do bem cultural no processo.

Reconhecido como patrimônio cultural do Brasil em dezembro de 2014, o maracatu nação é uma manifestação artística da cultura popular e carnavalesca da região metropolitana do Recife,  em que um cortejo real desfila pelas ruas, acompanhado de um conjunto musical percussivo. Composto majoritariamente por negros, os maracatus nação podem ser remontados às antigas coroações de reis e rainhas do antigo Congo africano.

Os sete bens culturais brasileiros inscritos na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco são o samba de roda do Recôncavo Baiano; as expressões orais e gráficas dos Wajapis; o frevo; o Círio de Nazaré; a roda de capoeira; o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão e o modo de preparar o queijo minas artesanal.

Foto: IPHAN/Divulgação

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