O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que as Br’s 174, que liga os estados do Amazonas e Roraima, e a BR-230 também conhecida como Transamazônica que foram esquecidas nos últimos anos pelo Governo Federal, terão suas manutenções retomadas. A confirmação veio em resposta ao ofício do deputado federal Sidney Leite (PSD), que pediu providências sobre as rodovias que não só interligam importantes estados do Norte do país, como também auxiliam diretamente no escoamento da produção rural dos municípios.
A BR-230, é uma das principais rodovias transversais do país, e tem grande importância para o desenvolvimento econômico e social da região norte do Brasil. Por isso, a conclusão das obras no trecho entre Maués e Lábrea que totalizam quase 800 metros, é fundamental para a integração regional, o escoamento da produção, o fortalecimento da economia local e a melhoria da qualidade de vida das populações.
“Essa região onde se encontra o trecho em questão é caracterizada pela grande diversidade natural e pela riqueza cultural das comunidades locais, no entanto, a falta de infraestrutura viária tem prejudicado o desenvolvimento socioeconômico da região. A rodovia é estratégica para o transporte de cargas entre os estados do Norte do país, bem como para a integração com as rotas de comércio internacional por meio do Porto de Itacoatiara”, conta Leite.
A rodovia também é vital para o acesso a áreas de grande potencial turístico e ecológico, como a Floresta Nacional de Tapajós e o Parque Nacional da Amazônia. Segundo o Dnit, um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental está sendo elaborado para subsidiar as licenças necessárias para a execução da obra que deve se estender até o entrocamento com a BR – 307 em Benjamin Constant. O órgão informou ainda que a manutenção em outros trechos como o KM 293 vem sendo prejudicada pelo inverno amazônico, que tem impossibilitado as obras de pavimentação.
Já a BR-174, é a única estrada que liga o estado do Amazonas a Roraima, uma vez que o Amazonas é isolado por vias terrestres e tendo essa rodovia como único acesso para o desenvolvimento da região, por meio escoamento da produção, com o transporte de grãos.
“Além da produção rural, essa BR permite o transporte de gás para a geração de energia, saindo do Amazonas para o Estado de Roraima, aumentando de forma considerável o tráfego na rodovia. É preciso e necessário, medidas para garantir que esse fluxo de carretas seja feito de forma segura e sustentável, de modo a minimizar os impactos ambientais e sociais causados pelo transporte de cargas pesadas”, afirma o parlamentar.
O departamento de infraestrutura e transportes federal afirmou que um contrato de emergência para os pontos críticos foi realizado e que os contratos de manutenção e conservação vem encontrando dificuldades para efetivação devido o desinteresse de empresas. O Dnit afirma ainda que segue trabalhando para que novos certames licitatórios sejam realizados.
Para o ano de 2023, a Lei Orçamentária Anual prevê um montante de R$ 242.300.00 reais para a conservação e recuperação rodoviária no Amazonas.