Dia Mundial e Nacional de Combate à Osteoporose é celebrado neste domingo (20)

Doença causa enfraquecimento da massa óssea e estudos apontam que cerca de 18 milhões de brasileiros devem ser afetados até 2020

Aproximadamente 200 milhões de pessoas ao redor do mundo convivem com a doença, só no Brasil são 10 milhões, segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), Conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), serão pelo menos 18 milhões em 2020.

Dia 20 de outubro é celebrado o Dia Mundial de Combate à Osteoporose, data criada para alertar sobre os riscos da doença principalmente nos idosos e nas mulheres no período da pós-menopausa. Caracterizada pela perda da massa óssea, que causa porosidade e enfraquecimento do osso e pode acarretar em fraturas no quadril, coluna, braços e no fêmur.

O ortopedista do Hapvida Saúde, Rodrigo Polo, explica que a osteoporose é uma doença crônica que ocorre quando há um enfraquecimento progressivo da massa óssea. “O principal objetivo da prevenção e do tratamento é evitar fraturas, que ocorrem mais comumente em locais como coluna, punho, braço e quadril”, afirma o médico.

Nos idosos, a osteoporose pode levar a complicações sérias como dores crônicas, dificuldades para locomoção e diminuição da qualidade de vida. Idosos, principalmente mulheres pós-menopausa, são os que mais sofrem da osteoporose. Além da idade avançada, outros fatores de risco são histórico familiar, dieta pobre em cálcio e vitamina D, fumo, álcool, vida sedentária e deficiência hormonal.

Diagnóstico e tratamento

A osteoporose pode ser diagnosticada por meio de exames de sangue e urina ou ainda pelo exame de densitometria óssea, teste em geral solicitado a partir dos 45 anos para as mulheres e dos 65 anos para os homens.

A primeira tentativa de conter a perda de massa óssea é feita com o ajuste da dieta para que haja ingestão adequada de cálcio e vitamina D. Se os alimentos não forem suficientes, indicam-se os suplementos tanto do mineral quanto da vitamina.

Os remédios podem melhorar a resistência do osso ao impedir a degeneração e incentivar a reconstrução. “Uma das classes mais utilizadas nesse sentido é a dos bifosfonatos, com eficácia constatada no aumento da massa óssea da coluna e do quadril. Outro grupo de fármacos capaz de inibir a degradação óssea é o da calcitonina, utilizada via injeção ou por meio de nebulizador”, esclarece o especialista do Hapvida Saúde. Para melhorar a mobilidade e evitar quedas podem ser feitos fortalecimento de musculatura, hidroterapia, etc.

Fatores de risco

• Perda de cálcio. O desenvolvimento da osteoporose começa na juventude, mas se manifesta, normalmente, após os 50 anos de idade. Isso porque, depois dos 20 anos, o nosso organismo tem uma perda de cálcio natural.

• Ausência de vitamina D, que é metabolizada por meio dos raios solares.

• Sexo feminino. As mulheres têm mais chance de desenvolver a doença, no entanto os homens também podem ter osteoporose;

• Histórico familiar;

• Baixo peso;

• Vida sedentária;

• Deficiência hormonal;

• Pessoas que usam medicações como corticóide e heparina;

• Tabagismo;

• Uso de anticoncepcional;

• Bebidas alcoólicas.

Prevenção

Rodrigo Polo alerta que a prevenção da osteoporose deve começar na infância e seguir durante toda a vida com uma alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos, entre outros hábitos, como:

• Ingerir cálcio na medida certa, pois tanto a falta como o excesso podem promover a osteoporose.

• Pegar sol em horários recomendados;

• Praticar exercícios físicos de alta intensidade para fortalecer os ossos;

• Reposição de vitamina D, vitamina K e magnésio.