Manaus continua sendo exemplo para o restante do Brasil quando o assunto é assistência aos refugiados, como aos venezuelanos. Neste domingo, 9/12, a Prefeitura de Manaus, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e União Europeia realizaram a Corrida e Caminhada Manaus #ComOsRefugiados. O evento esportivo aconteceu no Complexo Turístico da Ponta Negra e foi o primeiro do país voltado aos refugiados.
Nem a manhã de sol forte desmotivou os mais de 2 mil participantes a percorrerem os 5 quilômetros da corrida. No total, foram arrecadados mais de 5 mil itens alimentícios que serão repassados aos abrigos mantidos pela Prefeitura de Manaus e a Cáritas Arquidiocesana.
“É um gesto, um cunho social para externar a todos o compromisso da Prefeitura de Manaus em atender e acolher essas pessoas, como nos determina o prefeito Arthur Virgílio Neto. O Fundo Manaus Solidária, a Secretaria Municipal de Juventude, Esporte e Lazer, Semjel, e as demais secretarias se uniram na intenção única de fazer o bem ao próximo. Nós precisamos levar o alimento para quem precisa do alimento. Não dá para ser só da boca para fora, nós precisamos materializar isso e assim tem sido feito com a Corrida e Caminhada Manaus #ComOsRefugiados”, ressaltou o secretário municipal de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel), João Carlos.
A solidariedade do povo manauara foi destacada pelo secretário municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), Dante Souza. “A Prefeitura de Manaus, por determinação do prefeito Arthur Neto, tem feito seu trabalho. A gente tem feito o possível para atender melhor essas pessoas. Eles estão em vulnerabilidade e vieram do seu país porque lá está em situação catastrófica. O manauara os recebe de coração. E a corrida é para despertar para entendermos que existe um problema, são mais de 100 venezuelanos chegando na nossa rodoviária por dia, e é algo que precisamos tratar de forma séria e responsável”, afirmou.
O chefe do ACNUR em Manaus, Sebastian Roa, falou do histórico de imigração na cidade. “A causa é internacional. É uma coisa que acontece em Manaus, que acontece no mundo todo esse contexto de imigração. Os venezuelanos chegam diariamente em Manaus em busca de uma nova vida, de uma nova oportunidade. E esse tipo de movimentação, de evento, de corrida, é uma mostra da população de Manaus dizendo que estão abertos para acolher essas pessoas. Manaus tem um histórico de imigração e é uma oportunidade de parabenizar o município e esperamos continuar com a parceria para os próximos eventos”, afirmou.
A Corrida
Aproximadamente 200 venezuelanos participaram da Corrida e Caminhada Manaus #ComOsRefugiados e um venezuelano chegou em primeiro lugar no evento solidário. Trata-se de Luís Fernando Rodrigues, 21, que trabalha como ajudante de pedreiro e mora em Manaus há seis meses.
“Cumprimento primeiramente todo o povo do Brasil, especialmente do Amazonas, que tem nos recebido muito bem. É triste a realidade que todos os venezuelanos estão passando em nosso país. E é muito motivante todo o apoio que estamos recebendo em Manaus. Fico contente com o resultado e satisfeito com o meu desempenho”, contou Rodrigues com um sotaque ainda carregado.
Primeira colocada entre as mulheres, a acadêmica Raynielle Silva, 20, participa de corridas pedestres há um ano. “Eu acho muito importante essa questão da solidariedade. E é muito gratificante você chegar em primeiro, e eu que estou correndo há pouco tempo já estou conseguindo vários pódios”, disse.
A Corrida e Caminhada contou com as categorias Geral, Pessoa com Deficiência e Servidor. Pela última, o comandante da Guarda Municipal, Diego Coelho, 36, parabenizou a Prefeitura de Manaus pela ação desenvolvida. “É muito importante essa iniciativa excelente da Prefeitura de Manaus, por meio do nosso prefeito Arthur Neto. Hoje nós estamos com os órgãos do município integrados por um só objetivo, que são os refugiados, os venezuelanos. E Manaus está inteiro aqui e muita gente aderiu essa campanha de iniciativa do município”.
Durante a Caminhada e Corrida Manaus #ComOsRefugiados, o ACNUR montou uma tenda para que o público conhecesse melhor a realidade de campos de refugiados. Por meio de óculos de realidade virtual (tecnologia VR), o público explorou este ambiente de maneira ampla, sendo impactado de uma forma muito mais real e próxima. Foi possível entender como as pessoas vivem em um campo de refugiado e como lidam, especialmente as crianças, com situações de extrema vulnerabilidade.
No local do evento foram montadas, ainda, tendas para a venda de artesanato venezuelano, confeccionado por indígenas Warao e também por não-indígenas, todos residentes em Manaus. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) também distribuiu mudas de árvores frutíferas e ornamentais.
Participaram também da organização do evento o Fundo Manaus Solidária (FMS) e as secretarias municipais da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), de Juventude, Esporte e Lazer (Semjel), de Educação (Semed), da Saúde (Semsa), do Trabalho, Emprego e Desenvolvimento (Semtrad), de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semaac), de Limpeza Urbana (Semulsp), de Comunicação (Semcom), de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), os institutos municipais de Planejamento Urbano (Implurb), de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans), Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Casa Militar, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Fonte: Prefeitura de Manaus