“A imagem do autismo é, na verdade, muito associada à infância. Quando a gente fala em TEA, automaticamente vem à nossa cabeça a imagem de uma criança. Porém, a verdade é que essa criança com TEA vai crescer e se tornar um adolescente com autismo”. A fala é do promotor de Justiça Vítor Fonsêca, que mediou o programa “Papo Cidadão”, do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), na edição transmitida nesta quarta-feira (02/04), Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
A atração é uma iniciativa do Centro de Apoio Operacional de Proteção e Defesa dos Direitos Constitucionais do Cidadão, dos Direitos do Consumidor e da Defesa do Patrimônio Público (CAO-PDC), com apoio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf).
Sob mediação do promotor de Justiça, duas mães atípicas abordaram suas experiências e desafios: Fabiana Chagas, que é cerimonialista, e Vanessa Scalabrin, representante da Associação de Mães de Autistas (Amua). O programa foi transmitido às 10h30, pelo canal do MPAM no YouTube e pela TV Encontro das Águas.
Durante o bate-papo foram discutidos diversos temas relacionados à adolescência com TEA, com foco nos principais desafios enfrentados, seja pelos adolescentes com TEA ou pelos pais atípicos. As convidadas discutiram questões como a sexualidade na adolescência, a agressividade nessa faixa-etária e a importância do cuidado com as redes sociais.
A cerimonialista Fabiana Chagas destacou o papel fundamental da escola em promover e incentivar a socialização e integração dos adolescentes com TEA dentro do ambiente escolar. “É preciso combater o preconceito, para que ele — que é um adolescente como qualquer outro — e os colegas possam ver que é possível interagir como qualquer pessoa, dentro das suas limitações”, finalizou.
Foto: Reprodução/YouTube
