Prestes a completar 22 anos de existência, o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, criado em gestão de Amazonino Mendes (PODEMOS) durante o segundo mandato como governador, já capacitou mais de 450 mil talentos no estado e atendeu a mais de 70 mil alunos em dezenas de cursos livres do mundo da arte. Amazonino é candidato à Prefeitura de Manaus ao lado do presidente estadual do PODEMOS, deputado Wilker Barreto.
O centro cultural é um verdadeiro celeiro de talentos, que alçaram voos nacionais e internacionais por meio da música popular e erudita, dança, teatro, artes plásticas, entre outras manifestações culturais.
A escola de talentos conta, no quadro de professores, com Natalia Sakouro, 53, nascida na Bielorrússia, mas que mora no Amazonas há 21 anos. Sakouro relembra que em 1997 chegou a Manaus, após um processo seletivo em que participou, no seu país de origem, para ensinar os amazonenses sobre as artes. “O Teatro Amazonas vivia vazio, num ostracismo cultural de entristecer qualquer amante da arte”, ressaltou.
“Na época, quando Amazonino criou o Claudio Santoro, foi realizado um processo seletivo para buscar profissionais de referência na Bulgária, Rússia, no meu país, Bielorrússia, para capacitar os amazonenses no Liceu. Em 1998, participei das primeiras turmas, ainda no prédio antigo, na rua Major Gabriel (centro de Manaus). Meu marido veio na frente, e alguns meses depois vim para Manaus. E, de lá para cá, muitos talentos foram descobertos no Liceu”, comentou a professora.
Encantada pelo talento e dom dos amazonenses, a professora de canto lírico e de técnicas vocais disse que a implantação do Liceu Claudio Santoro proporcionou a muitos jovens amazonenses a consolidação no mundo artístico.
“Aperfeiçoamos muitos talentos. Descobrimos o dom desses jovens, que lotavam o sambódromo em busca de uma vaga. Hoje, temos solistas, regentes, tenores, espalhados pelo estado e pelo Brasil. Muitos jovens viram, por meio das artes, a chance para sair da criminalidade. Ocuparam a cabeça, pois a música ajuda a combater inclusive a depressão, e muitos jovens sofrem com isso, além de ajudar a melhorar o humor. Eles passaram a se sentir diferentes”, comentou a professora.
Talento amazonense
A cantora Mirian Abad é um dos talentos formados pelo Liceu Claudio Santoro e aluna da bielorrussa Natalia Sakouro. A amazonense destaca que o centro cultural foi responsável por inseri-la no mundo das artes e lhe apresentar o dom vocal.
“Foi muito importante para mim, porque lá eu me descobri realmente como cantora. Foi dentro do Liceu que me descobri como artista. Sou artista, esta é minha vida e vai ser meu oficio. ‘Tô’ aqui, em 2020, 20 anos depois e sou integrante do Coral do Amazonas, aluna da Universidade do Estado do Amazonas (UEA – também criada em gestão de Amazonino Mendes). Trabalhei na Orquestra de Violões do Amazonas, participei e participo de várias produções no estado, de espetáculos, de óperas, musicais, e através de todo esse conhecimento que tive no Claudio Santoro, consegui participar de concertos fora do país e também em vários estados brasileiros”, declarou a artista.
Mirian considera que a descoberta de muitos talentos no estado só foi possível graças à gestão visionária do governo à época, ao criar o Liceu Claudio Santoro. “Isso tudo só aconteceu porque um cara chamado Amazonino, visionário, acreditava e acredita que a arte e o lazer são importantes e fazem parte da formação do ser humano. Uma criança ou um jovem que tenha acesso a isso, passa a ter uma outra mentalidade do mundo. O Liceu, para mim, é importante, e continuará sendo importante, porque é também a minha história”, frisa a cantora.
A sede do Liceu fica no Sambódromo, com aulas no próprio centro de convenções e nos Centros Estaduais de Convivência da Família Padre Pedro Vignola e Magdalena Arce Daou, e Centro de Convivência do Idoso de Aparecida. No interior, o Liceu tem unidades nos municípios de Parintins e Envira.
Claudio Santoro
O amazonense Claudio Franco de Sá Santoro nasceu em Manaus, no dia 23 de novembro de 1919, e foi maestro, compositor, professor. Ainda jovem, se destacou ao participar de recitais e ganhou uma bolsa de estudos para estudar música no Rio de Janeiro, de onde, anos depois, seguiu para o mundo com sua música.
Recebeu diversos prêmios e condecorações no Brasil e no mundo; foi fundador e maestro titular das Orquestras de Câmara da Rádio MEC e da Universidade de Brasília; das Orquestras Sinfônicas da Rádio Club do Brasil e do Teatro Nacional de Brasília; e membro da Academia Brasileira de Música, da Academia Brasileira de Artes e da Academia de Música e Letras do Brasil, da qual foi presidente.