Laudo técnico elaborado pela Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás, Energia e Saneamento da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), presidida pelo deputado Estadual Sinésio Campos (PT), apontou risco de mais erosões, na orla do município de Boca do Acre, após impactos causados pelas vazantes dos rios Purus e Acre. Boa parte do local está comprometido e põe em risco a vida de, aproximadamente, 30 famílias.
A constatação de novas erosões só foi possível depois que o presidente da Comissão, Sinésio Campos, junto com a Defesa Civil do Amazonas e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra), realizaram uma visita técnica ao município de Boca do Acre, no domingo (23), para analisar os impactos gerados pelas vazantes dos rios.
Nesta terça-feira (25), durante o seu discurso na tribuna da Aleam, Sinésio destacou que a queda da orla de Boca do Acre só ocorreu devido à falta de comprometimento das empresas com as obras. “Com base no laudo, a rede de drenagem e esgoto que passavam por debaixo da orla não teve um trabalho adequado ou qualquer tipo de estudo geológico. É preciso investir em engenharia, em ciência e tecnologia”, completou Sinésio Campos.
De acordo com o parlamentar, algumas empresas que ganham licitações no Amazonas não têm conhecimento técnico para realizar obras de contenção de qualidade. “Estamos fazendo um levantamento das empresas que pegaram essas obras. Não queremos que o Estado gaste com essas companhias que desperdiçam o dinheiro público, fazendo obras sem qualidade e que geram prejuízos posteriores. Vamos cobrar responsabilidade”, concluiu Sinésio Campos.
A reconstrução da orla de Boca do Acre foi cobrada por Sinésio Campos desde o dia 29 do mês de abril, por meio de requerimento apresentado na Aleam. A ideia é unir forças com o governo estadual, municipal e federal.