90% dos casos têm cura se descobertos e tratados precocemente
O mês de julho marca a conscientização da população quanto aos cânceres que atingem a região da cabeça e pescoço. É o chamado Julho Verde e requer atenção com aftas que não cicatrizam, rouquidão e dificuldade para engolir, alerta a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).
A campanha, que é realizada há dez anos no Brasil, tem o objetivo de alertar a população para os sinais e sintomas da doença e destacar a importância do diagnóstico e tratamento precoces.
Sinais
A doença afeta boca, seios paranasais, pele da face e couro cabeludo, nasofaringe, amígdalas, laringe, tireoide, dentre outras áreas.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que o Amazonas registre, em 2024, 340 casos dos tipos mais frequentes de câncer de cabeça e pescoço: cavidade oral (140), tireoide (130) e laringe (70).
“Se você tem alguma ferida ou lesão na pele, na boca ou na garganta, que não cicatriza em 15 dias, é recomendável que procure o médico para que possa lhe avaliar. Nódulos no pescoço e mandíbula, dificuldade para engolir e rouquidão são outros sintomas que merecem atenção”, afirma o cirurgião cabeça e pescoço da FCecon, Thomas Jefferson.
A população deve procurar atendimento médico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) assim que perceber um dos sintomas, para então ser encaminhada a um médico especialista em cabeça e pescoço, para uma avaliação mais aprofundada.
Segundo Thomas Jefferson, 90% dos cânceres da cabeça e pescoço têm cura com o diagnóstico e o tratamento precoces.
Fatores de risco
Entre os fatores de risco para desenvolver esse câncer estão os hábitos de fumar e ingerir bebidas alcoólicas e o Papilomavírus Humano (HPV). Por isso, é recomendável vacinar meninas e meninos, dos 9 aos 14 anos, contra o HPV, e evitar o tabagismo e as bebidas alcoólicas, além de ter uma alimentação saudável e fazer atividade física.
Tratamento
A FCecon oferece tratamento tanto para os casos diagnosticados precocemente, com cirurgias minimamente invasivas, quanto para os casos mais avançados, quando a quimioterapia e a radioterapia atuam juntamente com a cirurgia.
O acompanhamento é multidisciplinar, com cirurgiões cabeça e pescoço, oncologistas clínicos, radioterapeutas, fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos.
Foto: Laís Pompeu/FCecon