A inflação na zona do euro desacelerou de forma significativa neste mês com a queda nos preços do petróleo, sinalizando o início de possível espiral de baixa da inflação, uma vez que as medidas em resposta ao coronavírus provocam dramático enfraquecimento da atividade econômica.
A inflação nos 19 países que usam o euro caiu de 1,2% para 0,7% em fevereiro sobre o ano anterior, informou a Eurostat nesta terça-feira (31), abaixo da expectativa de 0,8%.
No entanto, o dado, que muitos economistas preveem que ficará negativo antes do meio do ano, também mascara tendências opostas que podem preocupar as famílias: preços dos alimentos muito mais altos e queda nos custos de energia.
Com o petróleo tipo Brent recuando dois terços desde o início do ano devido à guerra de preços entre Rússia e Arábia Saudita, os custos da energia caíram mais de 4% na comparação com o ano anterior.
Mas a inflação dos alimentos acelerou de 2,6% para 3,5%, ampliando a alta que deve ser agravada pelas medidas de contenção, que podem dificultar a chegada dos alimentos ao consumidor.
Em um provável sinal de problemas mais profundos, o núcleo da inflação também caiu. A medida que exclui alimentos e energia teve alta anual de 1,2% e, como esperado, de 1,3% em fevereiro.
Fonte: Agência Brasil