Implantação da agroindústria no DAS também abrange o beneficiamento de produtos derivados do couro de bovinos e bubalinos

Como parte do processo que objetiva a verticalização da cadeia produtiva para beneficiamento da matéria-prima e, consequentemente, a geração de emprego e renda para a população, a Suframa conheceu, nesta quarta-feira (12), o trabalho realizado há quase seis anos pela SMX Agroindustrial. A empresa é especializada no processamento do couro de bovinos e bubalinos (búfalos) e funciona no quilômetro 41 da rodovia BR-174, ramal ZF-1, como parte das potencialidades econômicas do Distrito Agropecuário da Suframa (DAS).

Com esse tipo de “curtumezação” do produto, a finalidade é que a fabricação de bolsas, calçados e revestimentos para bancos de carros, sofás, entre outros, seja realizada dentro do próprio DAS. Dessa forma, segundo o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, que foi pessoalmente conferir o processo de produção, será possível também gerar oportunidades para empresários e atrair novos investidores para a localidade.
 A FMX tem uma produção diária em torno de 800 couros, com capacidade de processar até 1,2 mil unidades do produto. “É um serviço bastante interessante e que a gente pôde comprovar hoje aqui na visita da Suframa. Temos trabalhado no sentido de que haja uma etapa seguinte da industrialização do bem, mais acabado, para que a gente possa agregar mais valor e gerar mais emprego aqui na cidade de Manaus”, sintetizou o superintendente, acompanhado do coordenador-geral de Projetos Agropecuários, Sérgio Muniz, e técnicos da Autarquia.
Como explicou o gerente da SMX Agroindustrial, William Godoy, o processo de transformação da matéria-prima começa pelo descarte da gordura e todo o excesso, num procedimento que pode durar até 30 horas. A atividade envolve 70 funcionários e beneficia 250 pessoas indiretamente.
No Brasil, as peles mais comuns que passam pelos curtumes, a indústria do couro, são as de bovinos, porcos, cabras e ovelhas. Dos excessos retirados das patas do boi, por exemplo, também é aproveitado o colágeno para a fabricação de produtos como o chiclete e a gelatina.
Flores  
Nesta quarta-feira, a Suframa fez ainda uma visita rápida ao empreendimento conhecido como Tucandeira – Flores Tropicais da Amazônia, que tem como proprietária, a ex-servidora do Centro de Biotecnologia Amazônia (CBA), Arlena Gato. O negócio cresceu muito nos últimos anos e tem o apoio da Associação dos Floricultores e Produtores de Plantas do Amazonas (AFPAM). Entidade foi criada em 1996 e está instalada no quilômetro 32,3 da BR-174.
A missão é explorar a vocação natural do Estado para se tornar um polo mundial exportador de flores e folhagens tropicais, com fomento à geração de emprego e renda, por meio do fortalecimento da cadeia produtiva e comercial dos referidos produtos.
Uma das dificuldades apresentadas para o fortalecimento do polo, resume-se na regularização fundiária das terras para possibilitar o acesso ao crédito rural e, consequentemente, atrair novos investidores. “É um negócio muito promissor e um produto que pode ser feito e acabado aqui no Estado, com matéria-prima própria. Essa é a visão da Suframa, de incluir outras atividades para investimentos no DAS”, ressaltou o coordenador Sérgio Muniz.

 

Fonte/Fotos: Isaac Júnior/Suframa