O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) solicitou que a Petrobras apresente novos dados para dar continuidade ao processo de licenciamento ambiental na Foz do Amazonas. O objetivo é garantir que o plano de perfuração da estatal atenda rigorosamente aos padrões de segurança ambiental, especialmente quanto ao atendimento de fauna em casos de vazamento de óleo. O órgão destacou avanços na documentação, mas apontou que ainda faltam ajustes para que o projeto se alinhe integralmente ao Manual de Boas Práticas de Manejo de Fauna Atingida por Óleo.
Área de exploração e importância ambiental
A Bacia da Foz do Amazonas, que se estende entre o Amapá e a Guiana Francesa, é um ecossistema marinho diverso, com grande potencial para exploração de petróleo e gás. No entanto, a complexidade da região e o impacto ambiental associado à exploração petrolífera levantam debates acirrados. Contudo, há preocupações com a segurança ambiental, especialmente em cenários de vazamentos, que podem afetar ecossistemas únicos.
Riscos e contexto climático
O histórico de acidentes ambientais da Petrobras, como o derramamento de óleo na Baía de Guanabara em 2000, gerou cautela entre especialistas e órgãos ambientais. Além disso, os riscos climáticos associados ao aumento da produção de combustíveis fósseis fortalecem o argumento de que a transição energética sustentável deve ser priorizada.
O Ibama solicitou à Petrobras que detalhasse a presença de veterinários e a quantidade de helicópteros para emergências, reforçando o compromisso de uma operação mais segura na Foz do Amazonas. Esses requisitos visam garantir uma resposta rápida a qualquer acidente ambiental, considerando que o tempo de deslocamento entre o bloco de exploração e a infraestrutura de apoio em Belém pode ser de até 43 horas.
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil