Para diminuir tempo de viagem, Seduc-AM adotou estratégia de entrega mais rápida
O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-AM), iniciou o envio da segunda remessa de itens da merenda escolar para as escolas do interior. Já foram enviadas 300 toneladas de alimentos para as calhas do Juruá, Purus e Alto Solimões, que vão abastecer 108 escolas.
Para garantir que a alimentação chegue mais rápido e diminuir o tempo de viagem, o trabalho de entrega será realizado também durante a noite.
A última balsa a deixar Manaus, na última sexta-feira (5/4), seguiu em direção à região do Alto Solimões, levando alimentos secos e molhados para as escolas estaduais de Fonte Boa, Jutaí, Tonantins, Santo Antônio do Içá, Amaturá, São Paulo de Olivença, Benjamin Constant, Atalaia do Norte e Tabatinga.
Para o município de Tabatinga, a previsão de chegada da remessa é 15 de maio. O gerente da merenda escolar da Seduc-AM, Paulo Marinho, ressaltou que os alimentos chegarão contemplando alunos e mantendo um cardápio de qualidade com itens como leite, charque, pirarucu e frango, entre outros.
Um novo método de recebimento será testado para tentar diminuir tempo de chegada nas instituições de ensino. Uma viagem para o Alto Solimões, que dura em média 50 dias, deve ser realizada em 35, já que a secretaria montou um planejamento estratégico que inclui escolas abertas durante a noite para o recebimento dos itens. O objetivo é não atrapalhar o ciclo de alimentação nas escolas.
“Houve um atraso que estamos corrigindo. Ano passado, ficaram dívidas com os fornecedores, que deixaram de cumprir a entrega de merenda. A Seduc-AM reuniu com os representantes, estamos quitando as dívidas e atendendo as escolas com um atraso de 10 dias, mas que a pasta irá repor, em espécie”, explicou o gerente.
Plano B em ação – O trabalho em conjunto visa resolver, de forma imediata, eventualidades que podem prejudicar o envio dos itens, como algum problema mecânico em balsas. Em casos como este, é acionado o Programa de Autonomia da Gestão das Unidades Escolares (Pague) para liberar os recursos diretamente às instituições de ensino públicas estaduais.
Estes valores são para a compra imediata de alimentos que compõem a alimentação, para que haja refeições até a chegada dos itens. “Em gestões anteriores, não eram feitas as programações de entrega nem este ‘plano b’. O objetivo é não faltar alimentação”, assinalou o secretário executivo de Gestão da Seduc-AM, Rômulo Zurra.
“A ordem do nosso governador Wilson Lima e do secretário Luiz Castro é de abastecer todas as escolas, até os mais distantes municípios e comunidades, incluindo as indígenas, às quais só se chega por aeronave. É o caso de Querari e São Joaquim (em São Gabriel da Cachoeira), onde precisamos entregar 800 kg de alimentos por avião e com descida autorizada tanto pela Embraer quanto pela Funai”, salientou Zurra.
Manaus – Até o dia 11, mais quatro balsas sairão do porto do Oziel em direção às escolas localizadas nos municípios do entorno da capital amazonense. No cronograma também estão previstos os abastecimentos das instituições de ensino de Manaus.
“Somando toda a segunda remessa já realizada (também foram enviadas balsas para as Calhas do Purus e Juruá, no fim de março), a Secretaria está entregando 300 toneladas de alimentos e, até meados de maio, serão enviadas cerca de 870 toneladas para atender a todos os municípios, inclusive no entorno de Manaus e a própria capital”, informou Zurra.