A pandemia pegou o mundo de surpresa e fez a vida ser observada por outra ótica, de dentro para fora. Manaus vivenciou seu ápice de contaminação e mortes nos meses de abril e meio, período em que muitas pessoas obedeceram ao isolamento e não saiam de casa. A fotógrafa, Lisi Moreira, não só refletiu, como também expressou tudo o que estava sentindo em um curta-metragem que foi divulgado no youtube na última terça-feira, 22.
Intitulado “Isolada”, o filme foi todo gravado por Lisi dentro de casa nos meses de abril e maio. Segundo a diretora, a intenção era retratar todos os sentimentos de viver o isolamento social.
“Eu fico feliz que de alguma forma o filme resgate algo nos expectadores, esses momentos foram difíceis para todos. Essa foi a minha intenção, mostrar o quanto foi maçante, cansativo, entediante, solitário (para muitos), vivenciamos isso tudo juntos e ao mesmo tempo separados”, afirma.
Produção em casa
Lisi Moreira aproveitou a solidão do isolamento para registrar em vídeo os momentos que foram muito comuns a todos que passaram pelo processo, desta forma o expectador acaba se identificando em algum momento com o filme. Moreira por ser fotógrafa e editora de vídeos, fez tudo sozinha, inclusive é única personagem do “Isolada”.
O jornalista Maurício Sanches viu o curta-metragem documental e ressalta que se emocionou, pois se viu em muitos momentos que resgataram memórias do período de isolamento.
“Quando o audiovisual desperta algo no expectador, o objetivo é alcançado. Eu me vi nas cenas do filme “Isolada” e todo aquele sentimento de frustração, angústia, medo, tédio e tantos outros sentimentos e acabei revivendo. Claro que tem todo um olhar artístico sobre as coisas que a Lisi também passa pelas lentes, pois a fotografia do filme está ótima” , afirma Sanches.
A diretora
Lisi Moreira é fotógrafa, editora de vídeo e, além de “Isolada”, já produziu vídeos para artistas locais e para o projeto ”Biscoito Reflexivo” apresentado pela produtora cultural, Audiane Arruda.
Assista “Isolada”