A Fiocruz Amazônia, em parceria com a OPAS e o Ministério da Saúde, inicia, em Manaus, uma oficina sobre a taxonomia de Culicoides, transmissores da febre Oropouche. O curso, destinado a 18 entomólogos de nove países, reforça a vigilância desses vetores e ocorre entre 18 e 22 de novembro.
Capacitação internacional reúne especialistas em vetores
O treinamento sobre Culicoides, conhecido como maruins, visa capacitar especialistas em saúde pública na identificação e controle desses vetores. O curso, organizado pelo Laboratório de Ecologia de Doenças Transmissíveis na Amazônia (EDTA), inclui atividades teóricas e práticas de campo. Segundo o pesquisador Felipe Pessoa, serão abordados métodos de captura, preservação e ecoepidemiologia dos insetos.
A febre Oropouche, transmitida por Culicoides, tem sintomas semelhantes a outras arboviroses, como dengue e zika. Nos últimos anos, o vírus se espalhou para novas áreas no Brasil, incluindo o Sudeste e o Nordeste. Casos recentes destacam a urgência de estratégias eficazes de vigilância e controle.
Alerta para o avanço da febre Oropouche
O curso busca fortalecer os sistemas de alerta precoce nos países participantes. Desde agosto de 2024, mais de 1.700 casos de febre Oropouche foram registrados nas Américas, com o Brasil liderando as estatísticas. A Organização Pan-Americana de Saúde reforça a necessidade de vigilância ativa para conter a disseminação.
Felipe Pessoa ressalta a importância da correta identificação das espécies de vetores. Ele explica que características específicas de nicho ecológico e comportamento dos Culicoides influenciam sua capacidade de transmitir o vírus. Estudos avançados são essenciais para mitigar surtos e proteger a população.
A oficina reafirma o compromisso da Fiocruz com a formação técnica e o fortalecimento da vigilância em saúde pública.
Fotos: Divulgação / Fiocruz Amazônia
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