O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) passou a integrar, desde o último dia 13/06, o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, órgão consultivo, deliberativo e normativo ligado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) do Amazonas, responsável pela criação de instrumentos de gestão integrada e participativa das águas subterrâneas e superficiais no Estado.
Representando a Fiocruz Amazônia, a bióloga Luciete Almeida, chefe do Núcleo de Bacteriologia do Laboratório Diversidade Microbiana da Amazônia com Importância para a Saúde (DMAIS), fez a defesa da participação da Fiocruz Amazônia no colegiado, realizando uma apresentação acerca do trabalho desenvolvido pela instituição no monitoramento da qualidade da água em comunidades ribeirinhas no interior do Estado, por meio de projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
As pesquisas de monitoramento da qualidade da água são objeto de estudo da pesquisadora Luciete Almeida, que também trabalha a questão da educação ambiental junto aos ribeirinhos.
Com base nessa experiência, o ILMD/ Fiocruz Amazônia passou a tomar assento no CERH, como convidado fixo.
O pedido de inserção foi feito durante a 57ª Reunião Ordinária, ocorrida em 13 de setembro de 2023.
O pedido foi aprovado por unanimidade pela plenária. A apresentação institucional foi realizada no auditório da Sema. Para Luciete Almeida, a participação no Conselho abre a possibilidade de participação efetiva da Fiocruz Amazônia na discussão e aprovação de políticas públicas de recursos hídricos, com ênfase na questão da potabilidade.
O Projeto de Educação Ambiental em Comunidades Rurais do Estado do Amazonas: Uma proposta de pesquisa-ação para o monitoramento da qualidade da água”, desenvolvido por Luciete Almeida, foi apresentado no workshop “Água e Clima: Saberes da Amazônia”, promovido pela Sema, em março deste ano, destacando o compromisso da Fiocruz Amazônia em conscientizar as comunidades tradicionais amazônicas, sobre o consumo da água potável e os riscos oferecidos pela contaminação hídrica.
“A Fiocruz Amazônia, além de pesquisar também tem por responsabilidade levar o conhecimento às comunidades, e trabalhar para que elas se conscientizem quanto ao consumo correto da água, a importância de ações simples e pontuais que amenizam o impacto da contaminação hídrica, além de orientar as prefeituras quanto à adoção de políticas públicas, que solucionem ou reduzam o consumo de água contaminada por estas comunidades”, explica Luciete.
O projeto já foi executado em comunidades rurais de 12 municípios amazonenses. Como forma de orientar os moradores, são realizadas oficinas nas quais a equipe explica a importância do consumo da água potável, os impactos da contaminação hídrica, além de realizar a coleta e análise da água consumida pela comunidade.
Os moradores também recebem cartilhas do projeto contendo orientações sobre a importância do consumo da água potável e dicas simples de como lavar as mãos, higienizar os vasilhames, a utilização correta do hipoclorito, entre outras.
Fonte/Foto: Ascom ILMD/Fiocruz Amazônia