Fevereiro Laranja: Hemoam reforça sobre a importância do diagnóstico precoce das leucemias

Atualmente, a Fundação trata mais de 400 pacientes com leucemia; crianças representam cerca 60% dos casos de leucemias agudas

Neste mês de fevereiro, a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) alerta para os sinais, diagnóstico e tratamento da leucemia, câncer que afeta a medula óssea. A descoberta da doença sempre é motivo de aflição para o paciente, familiares e amigos, mas, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura.

De acordo com a médica hematologista e diretora-presidente do Hemoam, Socorro Sampaio, alguns sintomas comuns, tais como, anemia, manchas arroxeadas que aparecem com facilidade na pele, glândulas no pescoço, aumento do abdômen devido ao aumento do baço e fígado, dores ósseas, fraqueza e febre inexplicável podem indicar uma suspeita da doença.

“Um simples hemograma pode chamar a atenção do médico sobre a leucemia. Essa doença atinge a fábrica das células sanguíneas e, consequentemente, podem aparecer esses sintomas. Ao levantar as suspeitas, o paciente deve ser imediatamente encaminhado a um hematologista para exames mais específicos”, explicou Sampaio. E destacou que o Hemoam é referência no Amazonas para o diagnóstico e tratamento da leucemia.

Tratamento

A médica informou que o tratamento da leucemia é realizado principalmente com quimioterapia. A administração dos quimioterápicos é prioridade e apresenta maiores chances de cura, variando de 60% a 90%, dependendo do caso.

“Ao contrário do que é propagado popularmente, o transplante de medula não é indicado como principal tratamento. O transplante passa a ser uma alternativa quando o organismo do paciente não responde positivamente à quimioterapia ou quando ocorre alguma alteração de risco.  As chances de cura com o transplante de medula óssea giram em torno de 60%”, acrescentou a hematologista.

Casos de Leucemia em 2023

Dos casos de leucemia registrados pelo Hemoam no ano de 2023, 63 foram de LLA (Leucemia Linfoide Aguda, que é mais comum em crianças); 4 foram de LLC  (Leucemia Linfoide Crônica, que afeta principalmente adultos a partir dos 50 anos); 32 de LMA (Leucemia Mieloide Aguda, o tipo mais comum em adultos) e 17 novos casos de LMC (Leucemia Mieloide Crônica, mais comum em pessoas idosas).

Tratamento Multidisciplinar

Além do tratamento onco-hematológico, os pacientes do Hemoam podem contar com a equipe multidisciplinar em todas as fases do tratamento, seja por meio de atendimento a beira-leito ou por meio de consultas ambulatoriais, onde o paciente é encaminhado conforme sua necessidade de acompanhamento em áreas como nutrição, fisioterapia, psicologia, pedagogia, odontologia, fonoaudiologia, assistência social e outros.

Todo o processo de tratamento da leucemia aguda (LLA e LMA) tem uma duração média de 2 anos e meio. No caso da leucemia crônica (LMC), o tratamento é contínuo para o controle da doença.

FOTO: Rafael Marques/Hemoam