Fecomércio AM mobiliza empresários, entidades de classe e autoridades para discutir medidas de enfrentamento à estiagem

Considerando a previsão de outra seca severa para o Amazonas, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo realizou, nesta quinta-feira (04/04), uma reunião com empresários, presidentes de sindicatos, entidades de classe e representantes do Governo do Estado para discutir ações estratégicas que possam minimizar os impactos causados pelo fenômeno climático ao setor produtivo e tratar sobre a criação de um Grupo de Trabalho de Logística e Estiagem formado pelos órgãos e instituições presentes no encontro.

Entre as autoridades presentes estavam o Coronel Francisco Máximo, Secretário Executivo da Defesa Civil do Amazonas; Serafim Corrêa, Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas; Evailton Arantes De Oliveira, representando o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit); Augusto Rocha, representando a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam); e Muni Lourenço, Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas.

O presidente da Fecomércio AM, Aderson Frota, ressaltou que a seca severa que atingiu o Amazonas em 2023, alcançando o nível mais baixo em 121 anos, causou grandes prejuízos para a navegação, para o comércio e para o abastecimento de produtos.

“Ano passado nós tivemos um aumento de frete de 300%, isso sangra o orçamento familiar, prejudica o poder aquisitivo da população. Além de tudo, o nosso setor de comércio e serviços que está acostumado a receber com 30 a 35 dias, sofreu um salto de 150 dias. Lamentavelmente, o comércio tem um sistema fiscal de tratamento que é um pouco mais austero, onde temos que pagar o ICMS em até 45 dias da entrada da mercadoria, com valor agregado. Ou seja, mesmo em tempo de crise o comerciante continua pagando os impostos e todos os tributos muito antes de colocar a mão na mercadoria, com um prazo superior para receber o produto, e isso descapitaliza as empresas e gera desemprego”, ressaltou o presidente.

O Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Serafim Corrêa, destacou que dois pontos ficaram intrafegáveis com a estiagem no ano passado: a Costa do Tabocal e a Enseada do Madeira. Ressaltou, ainda, que são necessárias outras providências em termos de logística para a região, além da dragagem.

“Ontem houve uma reunião do governador Wilson Lima com o ministro Silvio Costa e assessores do Governo do Amazonas e nessa reunião o ministro anunciou a disponibilidade de R$ 400 milhões de reais para avançar nesses serviços que são básicos e que quanto mais cedo começarem a ser feitos, melhor para todos nós. Para evitar, ou pelo menos para diminuir, os impactos da seca que nós tivemos o ano passado e que, ao que tudo indica, teremos este ano de novo”, destacou o secretário.

Frente aos desafios enfrentados e da importância de uma abordagem proativa diante das adversidades climáticas, a Fecomércio AM está mobilizando os principais atores do setor produtivo e logístico para desenvolver estratégias de enfrentamento e a continuidade das operações comerciais durante os períodos de estiagem.