A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) planeja criar uma força-tarefa para avaliar os impactos das apostas virtuais na renda das famílias. O presidente da entidade, Isaac Sidney, informou que a proposta visa aprofundar o diagnóstico sobre a atividade das apostas no Brasil. A força-tarefa incluirá representantes do governo, setor produtivo e instituições financeiras, visando um entendimento mais claro sobre os efeitos desse mercado emergente.
Força-Tarefa em Debate
Durante uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Sidney discutiu a necessidade de um grupo que aborde questões relacionadas ao endividamento provocado por jogos de azar online. No entanto, o encontro terminou sem decisões concretas. Sidney destacou que a prioridade é prevenir o superendividamento e garantir a saúde financeira das famílias brasileiras. O trabalho da força-tarefa ajudará a construir um panorama abrangente sobre o tema.
Proposta de Suspensão do Pix
Isaac Sidney também defendeu a suspensão do Pix como forma de pagamento para apostas, até que uma regulamentação oficial entre em vigor em janeiro. Ele acredita que essa medida ajudará a conter os problemas relacionados ao superendividamento das famílias. A Febraban já discute a proposta entre os bancos, considerando que a proibição temporária é uma ação necessária diante do crescimento das apostas online.
Impacto das Apostas no Setor Financeiro
Enquanto isso, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) antecipou a proibição do uso de cartões de crédito para pagamentos em apostas virtuais. Essa decisão, que deveria entrar em vigor em janeiro, agora se aplica imediatamente. Apesar dessa restrição, a maioria dos pagamentos continua sendo realizada via Pix, que representa a maior parte das transações para as bets.
A Febraban e outras instituições estão atentas ao crescimento do setor de apostas virtuais, e suas ações buscam proteger o consumidor e a saúde financeira da população. O debate sobre as apostas continua, e a criação da força-tarefa promete trazer mais esclarecimentos sobre essa prática em expansão.
Foto: Bruno Peres/Agência Brasil