Olavo Dantas avalia participação do Naça feminino: “Nossa equipe foi valente”

Time azulino chegou à semifinal do Campeonato Amazonense da categoria em sua primeira participação

O Campeonato Amazonense de Futebol Feminino chegou ao fim. O 3B da Amazônia sagrou-se campeão vencendo o Iranduba, por 3 a 1. As duas equipes deixaram para trás Liga de Itacoatiarense, Clipper, Rio Negro, Tarumã e Nacional.

Diferente dos dois times que disputaram a final, figuras conhecidas a nível nacional e que possuem mais tradição na modalidade, o Nacional FC teve sua primeira participação no futebol feminino após 106 anos de fundação.

O responsável pelo início deste trabalho foi o reconhecido no mercado, Olavo Dantas. Ele avalia a participação do Naça e afirma que as leoas foram valentes e perseverantes, principalmente, diante às dificuldades.

“Tivemos uma boa participação, vale lembrar que temos duas equipes na competição que estão à frente, mas afirmo que a nossa equipe foi valente, perseverante, nos momentos mais difíceis mostraram personalidade. Saímos orgulhosos”, garantiu.

Questionado sobre a possibilidade do time ter avançado mais, ele cita a disputa com time mais experientes e a surpresa da competição, Liga Itacoatiarense.

“A presença de duas equipes como Iranduba e 3B fazem elevar o nível da competição, a equipe de Itacoatiara também se apresentou muito bem e foi uma bela surpresa. Então, há uma diferença muito grande entre o Nacional e os times da ponta e para mudar isso, é preciso muito trabalho, muito mesmo. Por isso, acredito que chegamos onde deveríamos chegar”, admitiu.

Dantas conta ainda que o trabalho que começou do zero e as limitações financeiras foram adversidades que trouxeram muitas lições ao grupo.

“Como o trabalho começou do zero e tínhamos nossas limitações financeiras, optamos pela seletiva para montarmos o elenco. Demos a oportunidade de algumas garotas vestirem a camisa do Nacional. Convidamos outras atletas conhecidas, além da seletiva em Tefé. Não foi fácil, mas valeu muito a pena e, sem dúvida alguma, todos nós aprendemos muito com todas as adversidades que surgiram”, afirmou.

Olavo Dantas era quem tomava as decisões no elenco azulino. Sobre a possibilidade de fazer algo diferente do que fez, ele afirma que não e, aproveita para agradecer as pessoas responsáveis por essa oportunidade que o clube deu ao futebol feminino.

“Dificilmente lamento por algo. Até porque você planeja, mas sempre tem as variáveis e você tem de estar pronto para tomar as decisões. Trabalhamos dentro das nossa possibilidades. Aproveito para agradecer ao Aderbal Lana e Claudio Silva, os responsáveis por levarem a possibilidade do time de futebol feminino ao presidente, Nazareno Melo e Luciano Andrade, que prontamente nos atenderam, acreditaram no projeto e deram toda a estrutura do clube para que pudéssemos trabalhar. Agradeço também ao Ediglê Farias e toda nossa comissão técnica, comandada pelo incansável, professor Leandro Lima, um profissional que vem buscando o seu espaço, assim como seu auxiliar, Andrei Maciel, acadêmico de educação física que tem um futuro brilhante, o nosso preparador de goleiras, Raphael Perrone, que com sua dedicação foi essencial com as nossas defensoras, aos supervisor, Emílio Pereira, ao nosso staff, Natan Morais, ao fisioterapeuta, Lucas Normando, a enfermeira Márcia Bindá. Gratidão também ao roupeiro Chico, a assessora de imprensa, Ennas Barreto, as funcionárias do administrativo e as “tias” que sempre estavam à disposição na cozinha, aos torcedores, em especial ao Abdon Mussa e, principalmente as jogadoras que estiveram conosco nessa grande batalha.”

Sobre o futuro da modalidade na Vila Municipal, Dantas admite que ainda não houve uma conversa com o presidente sobre a continuidade da equipe azulina, mas ele revela que há a vontade de levar o trabalho adiante.