No ano em que se comemora o bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, também conhecida como Revolução dos Padres, o Seminário de Olinda – um dos impulsionadores do movimento emancipacionista – foi o tema da reunião que o ministro da Cultura, Roberto Freire, teve, na manhã desta sexta-feira (10), com o arcebispo de Recife e de Olinda, Dom Antonio Fernando Saburido.
Reduto de ideias iluministas, o Seminário de Olinda foi interditado em maio de 2015, pela Defesa Civil, em função do comprometimento de suas instalações, que representavam risco para moradores e residentes.
Durante o encontro com o ministro Roberto Freire, Dom Fernando Saburido relatou as dificuldades de captar recursos via Lei Rouanet junto a empresários locais para recuperação do Seminário, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Como hipótese de solução, o ministro sugeriu a parceria com estatais nacionais.
Além do arcebispo, participaram do encontro o vigário episcopal de Olinda e pároco de São Pedro Martir, monsenhor José Alberico Bezerra de Almeida, o padre Moises Ferreira de Lima, o presidente da Comissão de Cultura da Arquidiocese e diretor do Museu de Arte Sacra de Pernambuco, frei Rinaldo Ferreira dos Santos, e a deputada federal Terezinha Nunes (PSDB-PE).
Viagem a Pernambuco
O ministro da Cultura cumpre ampla agenda em Pernambuco. Na última quinta-feira (9), participou, em Recife, da comemoração dos 10 anos do frevo como Patrimônio Cultural do Brasil, título concedido pelo Iphan. O ritmo foi o primeiro gênero musical criado especialmente para o carnaval e é um dos principais símbolos da identidade pernambucana.
Em seguida, Roberto Freire visitou a Associação Aria Social, em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana de Recife. Criado em 2004 pela bailarina Cecília Brennand, o projeto, sem fins lucrativos e viabilizado com apoio da Lei Rouanet, democratiza o acesso à arte e à cultura para 420 crianças e jovens de baixa renda e em risco social.
MINISTÉRIO DA CULTURA
