Esculturas em EPS, material mais conhecido como isopor, são um capítulo à parte nos trabalhos de construção, pela Prefeitura de Manaus, da segunda etapa do parque Amazonino Mendes, na área cênica e temática com os gigantes da fauna e flora amazônicas.
Entre imagens projetadas, cortes e moldes, modelagem e colagem, muitas técnicas são usadas pelos escultores e artistas para dar forma aos animais em poliestireno expandido, que vão compor os diversos cenários do parque, dando ainda mais realismo ao espaço.
Inicialmente, as esculturas em EPS nascem de maquetes em escala de 1:20 (um por vinte), onde cada 4 centímetros no desenho equivale a 1 metro na construção, ou 20 vezes menor o tamanho que vai ficar na realidade.
“A gente fatia o bloco de isopor como se fosse um bolo, só que para montar na horizontal, aplicando a escala para o tamanho real. A partir daí, riscamos as peças em separado, com o uso de um retroprojetor, ampliando a maquete para o tamanho definitivo, para poder fazer os cortes no EPS com resistência e fio de níquel, seguindo todas as normas de segurança do trabalho para a regulação de voltagem. As peças são cortadas em separado e montadas, posteriormente, com a colagem. A partir da montagem em tamanho real, tiramos os excessos do bloco, modelando os detalhes, na faca, para deixar o mais realista possível”, explicou o escultor Stevan Gomes.
Do detalhamento artístico das esculturas, segue o trabalho de empapelamento, com base de papel craft, com resina acrílica ou cola, que confere mais durabilidade e segurança à peça para a fase de estruturar o item. O empapelamento é o conhecido papel machê, técnica que surgiu no século 17.
“Em seguida, a peça recebe fibra de vidro, resina e catalisador, que vão permitir que a escultura tenha alta durabilidade e mais resistência. E, por último, entra a pintura artística. Na base, usamos tintas acrílica, esmalte a base d’água e vinílica fluorescente, que confere os tons mais intensos que vão dar mais vida durante o dia e ter mais brilho e cor com o uso de luz negra, à noite”, explicou Gomes. A tinta vinílica vai dar a luminescência no escuro.
Parque
A área total do parque envolve 134 mil metros quadrados, com projeto arquitetônico do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), ampliando a urbanidade, lazer, esporte e entretenimento na capital.
As obras estão avançando em ritmo acelerado, com equipes dedicadas e prontas para sua execução. A presença ativa do prefeito David Almeida vistoriando as obras é crucial para alinhar o cronograma e ajustar os planejamentos conforme necessário, garantindo que o projeto seja entregue dentro dos prazos.
“Estamos em constante visita aos canteiros de obras, interagindo com os trabalhadores e artistas. O prefeito é uma pessoa muito presente nessas obras e a gente já tem como um ponto final, maio, entregar isso para a população de Manaus”, comentou o diretor-presidente do Implurb, Carlos Valente.
O parque Amazonino Mendes não é apenas um espaço de lazer, mas uma expressão do compromisso da gestão com o desenvolvimento urbano sustentável e a preservação ambiental.
Com suas diversas áreas temáticas, o parque linear será um refúgio para a biodiversidade e um ponto de encontro para a comunidade, promovendo saúde, bem-estar e conexão com a natureza.
A construção terá cenários interativos temáticos, com rampas de escalada, escorregadores, área molhada, entre outros. Todas as figuras ligadas à floresta serão manuseadas como brinquedos lúdicos para as crianças e interativos para os adultos.
Fases
O parque é resultado de um convênio firmado entre Prefeitura de Manaus e governo do Estado, com dois quilômetros de extensão. A primeira etapa do espaço foi entregue no aniversário de Manaus, em outubro de 2023. A terceira fase tem um conjunto habitacional dividido em três blocos distintos de cinco pavimentos cada, com vagas de estacionamento para carros e motos. Entre os blocos, serão construídas calçadas arborizadas e mais playgrounds.
Fonte: Implurb
Fotos: Clóvis Miranda/Semcom e Gian Silva/Semcom