Em busca de uma aprendizagem de qualidade para todos, unidades de ensino da Prefeitura de Manaus criaram estratégias para resgatar alunos que não estão engajados no programa “Aula em Casa”. Uma delas foi utilizar um carro de som pelas ruas do bairro Tancredo Neves, zona Leste, para chamar estudantes para irem até a escola buscar livros didáticos e o caderno de apoio, que os auxiliam nas aulas remotas.
A ideia do carro de som foi do diretor da escola municipal Jorge Rezende Sobrinho, Carlos Alberto Azevedo das Neves, que convidou o gestor da escola municipal Francisco Guedes de Queiroz, Silvio Esteves, para fazer parte da ação. As duas unidades estão localizadas no mesmo bairro e não tinham retorno de algumas famílias, que, geralmente, mudam o número de contato ou endereço e não avisam à escola.
De acordo com o gestor da escola Jorge Rezende, que atende 937 alunos no ensino fundamental, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e educação especial, a falta de contato com os alunos incomodava a equipe escolar, por não conseguir acompanhar o processo de ensino.
“Essa ação é uma busca de alcançar diretamente os nossos alunos não engajados. Nós informamos à comunidade que os alunos precisam ir à escola buscar os livros didáticos, o caderno de apoio, fazer a atualização cadastral e as atividades que são realizadas pela EJA. Os resultados foram muito bons, muitos pais ou responsáveis foram até a escola e receberam os materiais e informaram o motivo dos alunos não estarem engajados. O próximo anúncio no carro de som será no fim de semana, quando os pais devem estar em casa”, explicou Carlos Alberto.
O diretor da escola Francisco Guedes de Queiroz disse que a fala do prefeito de Manaus, David Almeida, durante um encontro com todos os diretores de escolas da rede municipal, mexeu muito com ele e fez com que a ação fosse criada imediatamente. A unidade de ensino atende 1.034 alunos do ensino fundamental.
“Inspirados na fala do prefeito David, quando ele diz que a saída para o crescimento de Manaus é o empenho dos servidores públicos, eu e o gestor da escola Jorge Rezende, diante de uma necessidade e da quantidade grande de alunos não engajados no ‘Aula em Casa’, resolvemos buscar esses estudantes nas ruas dos bairros, anunciando que eles deveriam comparecer à escola para buscar material didático, e isso deu muito certo”, mencionou Silvio Esteves.