Reconhecida nacionalmente, a escola municipal Waldir Garcia, localizada na zona Sul de Manaus, marca ponto no quesito empatia também neste momento de pandemia de Covid-19. Por iniciativa da direção escolar, foi iniciada uma vaquinha virtual para arrecadar itens importantes para ajudar as famílias dos alunos da unidade em situação de risco. Até o momento, a iniciativa conseguiu mais de R$ 8 mil e distribuiu kits de alimentos para 62 famílias.
Além disso, nesta quinta-feira, 14/5, os estudantes também começaram a receber os kits do projeto “Hora da Merenda”, da Prefeitura de Manaus. No total, 228 famílias, sendo 50 de estudantes estrangeiros, serão beneficiadas com as ações.
Waldir Garcia é uma referência no ensino nacional, tanto que foi reconhecida como primeira escola da região norte a receber o prêmio de escola transformadora. Um dos pontos importantes do trabalho desenvolvido na unidade é o acolhimento a estrangeiros vindo de países com situações de risco, como é o caso do Haiti e da Venezuela.
A subsecretária de Gestão Educacional da Secretaria Municipal de Educação (Semed-Manaus), Euzeni Araújo, destacou que a escola é realmente um espaço de acolhimento e que o trabalho da gestora Lúcia Cristina Cortez é feito com bastante empenho, principalmente no que se refere a inclusão dos refugiados e imigrantes.
“Por esse motivo essa escola é reconhecida como transformadora. Nesse sentido houve uma mobilização dos profissionais da escola de visitar as famílias e verificar os estudantes mais necessitados e depois dessa observação, conseguiram fazer chegar para esses alunos o kit da merenda e também arrecadar outros materiais e equipamentos que pudessem de fato ajudar esses alunos”.
Vaquinha virtual
Depois de avaliar a condição financeira de algumas famílias, a direção da escola resolveu criar a vaquinha virtual para a captação de recursos , para que essas pessoas possam ter acesso à alimentação adequada.
De acordo com a gestora da unidade, Lúcia Cortez, neste momento de pandemia, é muito importante estreitar os vínculos afetivos com as crianças e famílias que precisam muito de apoio.
“Temos a obrigação de sermos empáticos. Por isso a distribuição de alimentos aos alunos que passam fome é um gesto de solidariedade e humanidade. Eles vivem múltiplas dificuldades e fragilidades. Muitos só tinham os alimentos servidos na merenda. A escola fecha, eles não têm o que comer. Este gesto da escola e da prefeitura demonstra a sensibilidade e a preocupação para com nossos alunos. Escola é um lugar de proteção. Demonstramos por meio de ações concretas que nos preocupamos com eles e que estamos juntos, e juntos somos mais fortes”, completou a gestora.
Famílias como a do vendedor ambulante Jasmine Félix, 38, pai das alunas Oliana Elizabeth, 8, e Carla Janette, 6, que ficaram sem renda por conta da pandemia do novo coronavírus, puderam garantir mantimentos para se sustentar durante o isolamento social. “Tenho duas filhas na escola e a gestora é muito boa com a gente. Minhas filhas gostam de lá e aprendem muito. Essa ajuda é muito boa, porque ficamos sem renda por conta desse problema que o mundo vive”, declarou.
Como ajudar?
Os interessados em participar podem doar no link abaixo ou entrar em contato com a unidade pelo número (92) 98842-7926.
Link para doações
https://www.catarse.me/alunos_