Escola do Legislativo realiza mais uma edição do Educando Pela Cultura. O evento foi a primeira edição de 2022, e deu início ás celebrações de oito anos do programa.
Escola do Legislativo realiza mais uma edição do Educando Pela Cultura.
O Dia Internacional da Mulher foi celebrado no último dia 8, porém a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) dedica todo o mês de março a homenagens e debates sobre a posição da mulher na sociedade, e por essa razão, nesta sexta-feira (11), a Escola do Legislativo Senador José Lindoso promoveu a palestra “Mulher: história de poder, luta, reempoderamento e lugar de fala”, com o objetivo de debater a história da mulher na sociedade, desde de civilizações onde o poder da mulher era equipado ao do homem, a perda do poder com o cristianismo e a luta pelo reempoderamento.
O evento foi a primeira edição do Educando pela Cultura, neste ano de 2022, e deu início ás celebrações de oito anos do programa, que é coordenado pela pedagoga Jacy Braga.
Realizado no auditório Sônia Barreto, na Escola do Legislativo, o encontro contou com palestras da Profª. Dra. em Direito Sílvia Loureiro, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam); da assistente social Simone Lisboa, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim); da Profª. Msc. Paula Dantas, da Secretaria de Educação (Seduc) e da Profª. Msc. em História Social Michele Pires, da Ufam, essas duas últimas doutorandas em História pela Ufam
Iniciando as apresentações, a Profª. Sílvia Loureiro falou sobre o tema “História de poder da mulher na garantia dos direitos”, e falou sobre os avanços jurídicos, na legislação em relação aos direitos das mulheres, porém a especialista promoveu uma reflexão sobre o quanto ainda é preciso avançar para que esses direitos sejam colocados em prática.
Já a Profª. Msc. Paula Dantas, segunda palestrante, trouxe o tema “Questões de gênero e exercício de poder da mulher na história”, falando sobre momentos históricos onde a mulher ocupou lugar de poder. A professora explicou que a resistência existe desde o início das relações humanas. “Sempre que há uma ação de poder, de dominação, de violência; há uma resistência”, destacou chamando atenção a organização social das mulheres nos últimos tempos. “O que aconteceu nos últimos anos foi uma melhor organização dessa resistência, que vem cada vez mais trazendo resultados positivos para as mulheres enquanto categoria social”, afirmou.
A terceira a falar foi a representante do Cedim, Simone Lisboa, que abordou o tema “Luta e Empoderamento Feminino”. “Trago a reflexão de que o empoderamento, ou reempoderamento feminino não se efetivou, porque ainda existe um domínio do machismo, praticado inclusive por mulheres”, disse Lisboa, ao chamar atenção ao fato de que muitas mulheres reproduzem linguagem, discurso e abordagem machista; perpetuando a ideia de que o homem e mais forte, tem mais poder e à mulher cabe ser “sábia”, por aceitar uma submissão. A assistente social indicou que a educação e políticas públicas são o grande diferencial para a conquista definitiva do empoderamento.
Finalizando as apresentações, a Profª. Msc. Michele Pires apresentou o tema “Luta e conquistas da mulher trans”. Falando sobre as questões de cidadania não apenas da mulher trans, mas de travestis, transexuais e trangêneros. “Minha fala é no sentido de pensar a pluralidade de mulheres que existem em nós e entre nós”, disse, discorrendo sobre conceitos de cidadania e diferentes percepções sobre o tema.
Educando pela Cultura
Na abertura das palestras desta sexta-feira, a diretora da Escola do Legislativo, pedagoga Geanne Valente, celebrou mais um início de atividades do programa Educando pela Cultura, e celebrou o fato de que, no próximo mês de maio, o programa completará oito anos de atividades. “Trabalhamos transversalmente temas de direitos humanos, e envolvemos alunos de toda a rede pública estadual para construção de um pensamento crítico e consciente”, disse a diretora.