Educação patrimonial no licenciamento do parque Encontro das Águas

A Prefeitura de Manaus promove a educação patrimonial como parte do licenciamento do parque Encontro das Águas – Rosa Almeida. Com os trabalhos de engenharia avançando, a comunidade e o público em geral podem participar de aulas-oficinas nos dias 6 e 8 de novembro, das 8h30 às 11h. As aulas visam integrar os moradores ao projeto, despertando o conhecimento sobre o patrimônio cultural local.

Atividades de Educação Patrimonial

As aulas acontecem em dois locais. A primeira ocorre na escola estadual Gilberto Mestrinho, na zona Leste, e a segunda no auditório do hospital Geraldo da Rocha, em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Essas aulas integram o Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico (PGPA), uma exigência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para o licenciamento do parque.

“A educação patrimonial visa conscientizar a comunidade sobre o patrimônio arqueológico e a legislação de proteção relacionada. Esse patrimônio é um direito de todos os brasileiros e deve ser respeitado”, afirmou a arqueóloga Margaret Cerqueira, coordenadora do programa. Assim, o projeto não só envolve a comunidade, mas também educa sobre a importância da preservação.

Valorização do Patrimônio Arqueológico

O sítio arqueológico presente no parque é multicomponencial, apresentando mais de uma ocupação pré-colonial. As escavações revelaram terra preta indígena, que pode ter até 2.000 anos de idade, além de materiais cerâmicos associados à fase Açutuba, datada entre 300 a.C. e 400 d.C. A pesquisa é fundamental para entender a história da região e fortalecer a identidade local.

Além de abordar questões históricas, as aulas visam promover um diálogo entre os moradores e a equipe de arqueólogos. Isso permitirá a troca de conhecimentos sobre a cultura local, fortalecendo o vínculo da comunidade com o patrimônio. O objetivo é envolver todos no processo de preservação e valorização dos bens culturais.

A iniciativa da Prefeitura reflete um compromisso com a educação e a valorização do patrimônio arqueológico. Com as aulas-oficinas, a comunidade se torna parte ativa no processo de licenciamento do parque, contribuindo para um futuro onde a história e a cultura de Manaus sejam preservadas e respeitadas.

Fotos: Acervo Muiraquitã e Semcom

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