Dívida Pública cai 1,46% em agosto, para R$ 7,035 trilhões.
A Dívida Pública Federal (DPF) caiu 1,46% em agosto, alcançando R$ 7,035 trilhões, segundo o Tesouro Nacional. A principal razão foi o vencimento de títulos corrigidos pela inflação, que impactou significativamente o saldo da dívida. No mês anterior, o valor estava em R$ 7,139 trilhões. Essa queda ocorreu mesmo com a pressão da apropriação de juros, uma prática do governo de reconhecer mensalmente o valor da correção aplicada aos títulos públicos.
Queda impulsionada por vencimentos de títulos
Em agosto, o Tesouro resgatou R$ 163,17 bilhões em títulos, excedendo o valor de novos lançamentos, que totalizaram R$ 107,55 bilhões. A maior parte desses papéis estava atrelada à inflação, impactando a dívida mobiliária interna, que diminuiu de R$ 6,822 trilhões para R$ 6,716 trilhões. Apesar dessa redução, a apropriação de juros adicionou R$ 57,46 bilhões ao montante total.
Dívida externa cresce levemente
Ao contrário da dívida interna, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 0,48% em agosto, atingindo R$ 319,17 bilhões. Esse aumento se deve à correção de juros, já que o dólar teve uma leve queda de 0,1% no período, sem influenciar significativamente a dívida em moeda estrangeira. O peso da dívida externa se manteve dentro das metas estipuladas pelo governo para 2024.
Composição dos títulos públicos
A composição dos títulos da dívida pública também sofreu alterações. O volume de papéis vinculados à taxa Selic subiu de 44,95% para 46,85%, enquanto a fatia dos títulos prefixados cresceu de 21,33% para 22,2%. Já os papéis corrigidos pela inflação diminuíram de 29,28% para 26,43%, refletindo o alto volume de vencimentos desse tipo de título em agosto.
Perspectivas para a dívida pública
Apesar da queda registrada, o Tesouro estima que a Dívida Pública Federal encerrará 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões, conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF). Isso demonstra que a trajetória da dívida continua dentro do planejado, mesmo com as oscilações pontuais ao longo dos meses, influenciadas por vencimentos e emissões de títulos.
A Dívida Pública Federal, peça chave no financiamento do governo, segue sendo ajustada conforme as condições econômicas e a demanda do mercado financeiro. A evolução dos indicadores de inflação e da taxa Selic será crucial para determinar os próximos passos no controle do endividamento.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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