O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes após o atentado a bomba ocorrido em frente à sede do STF. O chaveiro Francisco Wanderley Luiz realizou o ato e confessou sua intenção de atacar Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro. Em sessão pública nesta quinta-feira (14), Dino criticou a violência e ressaltou o apoio ao colega ministro.
Dino destaca apoio ao colega e condena ataques pessoais
Durante a sessão, Flávio Dino afirmou que atos de violência não intimidarão o Supremo Tribunal Federal e criticou a “personalização” das decisões judiciais, que leva a ataques direcionados a certos ministros. “Quero expressar minha solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e sua família, pois autoridades encontraram documentos com uma intenção especial contra ele”, declarou Dino. O ministro enfatizou ainda que Alexandre de Moraes não atua sozinho em suas decisões, rebatendo críticas que apontam suposta atuação isolada do magistrado.
Supremo se mantém firme diante de ameaças
Flávio Dino classificou como “mito” a ideia de que Moraes decide monocraticamente os casos sob sua responsabilidade. Ele reiterou que o ministro trabalha em colegiado, com o respaldo dos demais ministros do STF. Dino também observou que esse tipo de narrativa distorcida alimenta uma “mitologia negativa” sobre o funcionamento do tribunal, encorajando reações agressivas contra a Corte. Segundo o ministro, essa distorção estimula comportamentos violentos, principalmente entre aqueles que se mobilizam na internet.
Investigação sobre o atentado segue sob comando de Moraes
O ministro Alexandre de Moraes foi designado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, para relatar o inquérito sobre o atentado. A investigação, conduzida pela Polícia Federal, buscará elucidar os motivos e os autores por trás do ataque. Em sua declaração, Dino afirmou que os ministros do STF têm uma responsabilidade maior em promover o diálogo e a integridade do debate público, especialmente em tempos de polarização acentuada.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
