O desemprego entre as mulheres foi significativamente mais alto do que entre os homens no terceiro trimestre deste ano, conforme dados divulgados pelo IBGE. A taxa de desemprego feminina ficou em 7,7%, enquanto a média nacional foi de 6,4% e a taxa entre os homens foi de 5,3%. Esse índice indica uma diferença de 45,3%, que, embora ainda expressiva, diminuiu quando comparado a outros períodos, como o primeiro trimestre de 2012, quando a disparidade chegou a 69,4%. O levantamento, realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foi divulgado na última sexta-feira (22).
A disparidade no desemprego entre mulheres e homens
Os dados mostram que a taxa de desemprego entre mulheres continua acima da média, embora tenha registrado uma leve queda desde o início da pandemia. Em comparação ao primeiro trimestre de 2020, quando a diferença entre os sexos foi de 27%, a situação se mantém desafiadora, com as mulheres enfrentando maiores dificuldades no mercado de trabalho. O rendimento dos homens também permanece superior, com uma média de R$ 3.459, 28,3% maior do que o dos R$ 2.697 das mulheres.
Desemprego por raça e escolaridade
Além da questão de gênero, a pesquisa apontou que o desemprego também varia conforme a cor/raça. A taxa para a população preta foi de 7,6%, enquanto para os pardos ficou em 7,3%. Já entre os brancos, o desemprego foi de 5%. Comparando com o trimestre anterior, houve queda nas taxas para todas as raças, evidenciando uma recuperação lenta do mercado de trabalho, que ainda assim reflete desigualdades persistentes.
O nível educacional também tem impacto nas taxas de desemprego. A pesquisa revela que o desemprego entre pessoas com ensino médio incompleto foi de 10,8%, superando as taxas entre os com ensino superior incompleto (7,2%) e superior completo (3,2%).
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil