Deputados de Rondônia compartilham experiência de investigação com a CPI da Amazonas Energia

Nesta terça-feira (9), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) recebeu dois deputados estaduais de Rondônia que participaram da CPI da Energiza, Comissão que investigou a atuação da concessionária de energia daquele Estado. Os parlamentares convidados foram o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero), Alex Redano (Republicanos) e Jair Montes (Avante), respectivamente presidente e relator da CPI realizada naquele Estado e foram recebidos pelos membros da CPI e pelo presidente da Aleam, deputado Roberto Cidade (PV).

Na ocasião, o deputado Roberto Cidade enfatizou a união dos parlamentos em prol de melhorias para a sociedade. “Agradeço a presença dos deputados Alex Rodano e Jair Pontes. Tenho certeza de que trarão importantes conhecimentos para o trabalho feito pela nossa CPI. Infelizmente, essa empresa está causando transtornos para a nossa população e eu sempre ofereço todo o meu apoio para a CPI trabalhar de forma firme e segura”, afirmou Cidade.

O presidente da Aleam também sugeriu que os deputados levem até a Unale um requerimento coletivo dos parlamentos do Norte cobrando da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma taxa justa dos estados do Amazônia, que pagam mais caro do que o restante do país. O presidente da CPI da Amazonas Energia, deputado Sinésio Campos (PT) acatou a sugestão de Cidade e também agradeceu a disponibilidade dos parlamentares para essa troca de experiência.

O deputado Alex Rodano agradeceu o convite da CPI e o acolhimento do Parlamento Amazonense. “Rondônia e o Amazonas têm muitas coisas boas em comum, infelizmente também temos em comum essas empresas de energia elétrica. E o mesmo descaso que vimos em Rondônia acontece aqui. Desde que cheguei em Manaus eu já ouvi várias histórias de descaso”, afirmou.

O relator da CPI da Energiza, Jair Montes, fez um breve resumo das descobertas da CPI rondoniense e dos resultados que alcançaram. “Nós descobrimos que a empresa de energia de Rondônia criava apagões no verão por não dar conta de atender o alto consumo e também descobrimos que muitos medidores começaram a cobrar mais alto sem explicação. Isso feito pela quinta empresa de energia elétrica mais rica do país”, destacou.

Jair Montes também enfatizou que o Parlamento Rondoniense aprovou uma Lei que proíbe o corte energia em sábados, domingos, feriados e após as 16h de sexta ou vésperas de feriados, para evitar que as pessoas passem dias sem energia elétrica em casa. Outra Lei proposta após a CPI da Energiza foi a retirada de medidores de energia só aconteçam após notificação com Assinatura Registrada (AR).

 

O relator recordou que a CPI descobriu na época que haviam convênios suspeitos da concessionária de energia com a Polícia Civil de Rondônia e também com o Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Rondônia (Ipem-RO), que foram cancelados após denúncias da CPI. Entre outras medidas, o Parlamento cobrou também do Programa de Orientação, Proteção e Defesa do Consumidor de Rondônia (Procon-RO) uma atuação mais firme no atendimento de reclamações contra empresa.

Segundo o convidado da CPI, a população achava que os deputados podiam baixar a tarifa de energia. “Mas infelizmente não temos como. O Legislativo do Acre fez a sua CPI, Rondônia também e agora o Amazonas. Na próxima reunião da Unale nós podemos alinhar as nossas bancadas com a de outros Estados da região para cobrarmos essa demanda da população do Norte”, defendeu Jair Pontes.

Os parlamentares de Rondônia entregaram o relatório final da CPI da Energiza para o presidente da CPI, que também é presidente do Parlamento Amazônico, e acatou a ideia da união de forças por uma tarifa de energia elétrica mais justa na região. Sinésio destacou ainda que a próxima reunião da CPI será nesta quarta-feira (10) e o convidado a depor será o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Aleam, deputado João Luiz (Republicanos), no miniplenário Cônego Azevedo, a partir das 14h.